PUBLICIDADE

Publicidade

Superávit primário de 4,25% não muda este ano, diz Mantega

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro do Planejamento, Guido Mantega, garantiu que o superávit primário, fixado pelo governo em 4,25%, continuará sendo praticado até o final do ano, com o objetivo de atenuar a relação dívida-PIB. Entrevistado no Jornal das Dez, da Globo News, o ministro disse que essa decisão não está voltada para cumprir compromissos externos, porque o País está tendo recursos com a entrada de capitais externos e com a balança comercial. "Nós temos de reduzir a relação dívida-PIB, que chegou a um patamar relativamente elevado, 58%, 59%." Segundo Mantega, com a redução dessa relação será aberto espaço para uma queda mais rápida dos juros, "porque todo mundo terá mais confiança de que as contas públicas estão equilibradas e que não haverá nenhuma surpresa; aí os juros cairão mais rapidamente e os investimentos aumentam." Para o ministro, o País ainda se estabilizou totalmente e a manutenção do superávit primário servirá também para melhorar suas relações financeiro-orçamentárias. "A partir do próximo ano vamos colocar um mecanismo anticíclico, que ainda estamos discutindo, mas para 2004 é esta a determinação do governo e será cumprida." Selic e inflação Guido Mantega não descartou a possibilidade de que a taxa básica de juros da economia (a Selic) volte a cair proximamente, mas deixou claro que essa é uma decisão que cabe apenas ao Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom). "Eu tenho a expectativa de que a inflação está sob controle. Nós tivemos hoje um IGP-M semanal de 0,08, que é muito abaixo das expectativas. Isso demonstra que a inflação que tivemos em janeiro foi um soluço, que é normal no início do ano. Portanto, do ponto de vista da inflação, ela está controlada, e o Copom continuará, no momento oportuno, reduzindo as taxas de juros, porque nosso objetivo é que tenhamos aqui no Brasil taxas de juros reais de 3%, 4%. Não sei quando, aí o Copom é que vai julgar qual é o momento adequado para fazer essa redução. Mas eu acredito que elas continuarão ocorrendo."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.