PUBLICIDADE

Superávit primário de R$ 5,83 bi foi recorde para meses de maio

Por Agencia Estado
Atualização:

O superávit primário ? arrecadação do governo menos os gastos com as autarquias municipais, estaduais, federal e as empresas estatais ? de R$ 5,839 bilhões registrado nas contas do setor público no mês passado é recorde para os meses de maio, informou hoje o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes. "Esse é um resultado realmente muito positivo", comentou, ao divulgar os dados das contas públicas. Para ele, o resultado reflete a responsabilidade fiscal do governo. O chefe do Depec fez questão de chamar atenção para a redução do endividamento do setor público. Ele lembrou que, ao final de dezembro de 2003, a dívida líquida do setor público correspondia a 58,7% do PIB e fechou maio passado em 56,8 % do PIB. "Há uma queda bastante importante", disse ele, que ressaltou também a diminuição da "sensibilidade" da dívida líquida à variação da taxa de câmbio, com a processo de resgate dos títulos atrelados ao dólar. De acordo com Altamir Lopes, em maio de 2003, uma elevação de 1% da taxa de câmbio levava a um aumento de 0,25 ponto porcentual do PIB na dívida. Agora, em maio desse ano, o impacto é de 0,19 ponto porcentual. "Essa queda parece pouco, mas de fato é muito significativa", disse Altamir Lopes. Apesar da redução dessa sensibilidade, a dívida aumentou em maio com a desvalorização de 6,26% do real frente ao dólar. De acordo com os dados do BC, de abril para maio o estoque da dívida líquida do setor público subiu de R$ 926,398 bilhões (56,5% do PIB) para R$ 946,669 bilhões (56,8% do PIB). Projeções O Banco Central projeta para junho uma ligeira queda da relação entre dívida líquida do setor público e PIB. Altamir Lopes disse que a dívida líquida deve fechar esse mês em cerca de 56,6% do PIB. Essa projeção leva em consideração uma taxa de câmbio de R$ 3,10. Em maio, a dívida líquida do setor público fechou em 56,8% do PIB. Ele disse ainda que o setor público como um todo terá que gerar um superávit primário médio mensal de R$ 4,7 bilhões até o final do ano. O valor será suficiente para se alcançar a meta de R$ 71,5 bilhões acertada com o Fundo Monetário Internacional (FMI). No período de janeiro a maio deste ano, o valor médio do resultado primário, segundo Altamir, ficou em R$ 7,7 bilhões. No acumulado dos primeiros cinco meses do ano, o Brasil já conseguiu cumprir com uma folga de R$ 5,668 bilhões a meta de R$ 32,6 bilhões de superávit primário das contas do setor público acertada com o FMI para o primeiro semestre desse ano.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.