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Superávit primário do governo central dispara em março

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Por Redação
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Favorecido por receitas tributárias crescentes e pelo atraso na votação do Orçamento do ano, o governo central encerrou março com superávit primário de 10,753 bilhões de reais. O crescimento foi significativo frente ao saldo positivo de 5,204 bilhões de reais em fevereiro e de 3,864 bilhões de reais um ano antes. No primeiro trimestre, o governo central --formado por Tesouro, Previdência e Banco Central-- acumulou superávit primário de 31,310 bilhões de reais, ante 18,920 bilhões de reais em igual período do ano passado, mostraram os dados do Tesouro nesta terça-feira. No mês passado, o Tesouro teve superávit de 13,4 bilhões de reais, a Previdência foi deficitária em 2,6 bilhões de reais e o BC teve resultado negativo de 31,8 milhões de reais. O superávit em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) ficou em 4,65 por cento no primeiro trimestre, frente a 3,16 por cento em igual período de 2007. A meta para o ano é de 2,2 por cento. Para o secretário do Tesouro, Arno Augustin, os números do trimestre mostram a "solidez fiscal" do país e reforçam a expectativa de que a meta anual será cumprida. Ele acrescentou que o desempenho das contas foi influenciado pelo atraso na aprovação do Orçamento pelo Congresso, o que limitou a capacidade do governo gastar nos três primeiros meses do ano. O Orçamento foi aprovado em 12 de março, depois de o governo e o Congresso refazerem as contas das receitas e despesas previstas com o fim da CPMF. As despesas como proporção do PIB nominal caíram 3,7 por cento no primeiro trimestre frente ao mesmo período do ano anterior. As receitas subiram 6 por cento na mesma comparação. "Essa queda (das despesas) tende a não ser tão expressiva ao longo do ano, ou mesmo a não se manter", acrescentou Augustin. Ele argumentou que, independentemente do cronograma do Orçamento, os gastos do governo, principalmente com investimento, tradicionalmente tendem a acelerar ao longo do ano. (Por Isabel Versiani)

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