'Loja própria pode ajudar indústria a mostrar produtos' Ter uma operação de poucas lojas no varejo pode ser uma estratégia para grandes indústrias melhorarem a exposição de seus produtos em redes multimarcas. Segundo Júlio Takano, da consultoria em varejo KT, as empresas podem usar as experiências próprias no varejo para mostrar melhor seu portfólio e provar para a clientela - que continuará a distribuir a maior parte dos produtos - que é possível ampliar a linha para buscar novos clientes. Empresas como a Tramontina e a Artex já trilharam este caminho. Por que uma indústria deve abrir uma operação de varejo? As lojas monomarca podem mostrar novos produtos, em especial aqueles que os clientes consideravam caros demais. Algumas indústrias ainda temem fazer isso, por medo de conflitos, mas Tramontina, Artex e Regina Festas já trilharam esse caminho. Os lojistas acabam indo a essas lojas conceito? Sim. A Tramontina fez a loja própria piloto no Rio de Janeiro, onde tinha um mercado fraco. O carioca, pelo clima, recebe menos em casa. Como a loja é bonita, os clientes compareceram e perceberam que havia aderência para novos produtos no Rio. A rede Artex nasceu para servir a essa necessidade da indústria? Sim, mas hoje é uma rede de mais de 60 lojas. A marca é muito conhecida, mas era mal exposta. O produto tinha boa qualidade, mas era malvisto. A loja acabou sofisticando a visão sobre o produto. E agora essa noção chega ao mercado de festas? Sim. A Regina Festas é distribuída em supermercados, na Armarinhos Fernando e em butiques de festas. A Shér!, nos Jardins, é uma estratégia monocanal da Regina para mostrar seu portfólio.