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Suspensão do reajuste dos pedágios não desrespeita contratos, diz grupo

A Arteris lembra contrapartidas do governo; impacto da medida na inflação tende a ser insignificante

Por Luciana Collet (Broadcast), Maria Regina Silva e da Agência Estado
Atualização:

SÃO PAULO - A Arteris (ex-OHL) - controladora das concessionárias de rodovias paulistas Autovias, Centrovias, Intervias e Vianorte - salientou, em nota à imprensa, que a decisão do governo do Estado de São Paulo de não reajustar os pedágios em 2013 não resulta em desrespeito aos contratos de concessão.

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"Os contratos estão sendo respeitados por meio das medidas anunciadas pelo governo e que visam garantir o equilíbrio econômico-financeiro das concessões", afirmou a companhia.

O governador Geraldo Alckmin anunciou na manhã desta segunda-feira, 24, que não haverá reajuste dos pedágios do Estado de São Paulo, aumento que seria feito no dia 1º de julho. Segundo ele, isso será possível com quatro medidas: (1) a redução do porcentual do faturamento sobre as tarifas da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), de 3% para 1,5%; (2) a cobrança do eixo suspenso dos caminhões; (3) a "penalização" das concessionárias por atraso em obras; e (4) a potencial redução do ônus fixo, que é o que o governo recebe das concessionárias, mas pode abrir mão para que o reajuste não ocorra. O reajuste seria feito pelo IGP-M acumulado de 6,2%.

Impacto na inflação. Cálculos feitos pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), a pedido do Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, mostram que a medida permitirá alívio de 0,005 ponto porcentual no Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de julho. Isso porque o peso do item pedágio no IPC-Fipe é de apenas 0,0828%.

A decisão de Alckmin acontece após vários protestos no País contra as condições do transporte público. Além dessa medida, o governador também, na quarta-feira da semana passada, revogou o aumento nos preços das tarifas de trem e metrô, junto com o prefeito Fernando Haddad. Este, por sua vez, anunciou revogou o valor da tarifa de ônibus.

O reajuste das tarifas de pedágio em São Paulo estava previsto para acontecer no dia 1º de julho e seria baseado o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado, que daria em torno de 6,2%.

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