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Symetrix terá fábrica de semicondutores no Brasil

Por Gerusa Marques
Atualização:

A Symetrix Corporation, empresa americana que tem entre seus donos um brasileiro, pretende alcançar, em cinco anos, um faturamento anual de US$ 1 bilhão com a fábrica de semicondutores (chips) que planeja instalar no Brasil. O presidente da Symetrix, Carlos Paz de Araújo, disse hoje, ao anunciar o negócio, em entrevista coletiva à imprensa, que em 90 dias a unidade física da fábrica começará a ser construída. Ainda não está definido o local de instalação, mas três Estados disputam o direito de sediar a fábrica: São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco. A construção da fábrica para o Brasil é um projeto que vem sendo estudado há quatro anos, segundo o presidente da Symetrix do Brasil, Marcelo Teixeira, que apresenta o projeto nesta tarde ao ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Resende. O negócio se tornou mais viável, segundo Teixeira, depois da edição de um decreto presidencial, em outubro de 2007, que isenta as fábricas de semicondutores de todos os impostos federais, inclusive de Imposto de Renda. Segundo Teixeira, também há incentivos fiscais nos três Estados citados, com redução de 97% dos impostos estaduais no Rio de Janeiro e de 75% em São Paulo e Pernambuco. Serão investidos na fábrica US$ 1 bilhão, que virão de recursos próprios e de investidores, entre eles um grupo australiano. Araújo não descartou ajuda do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), mas disse que a captação de recursos não é problema. A empresa deverá, em março, abrir seu capital na Bolsa de Valores de Nova York. A fábrica, que terá 700 funcionários, será usada para a produção de cartões inteligentes (smart cards). Nesses cartões, o chip não é aparente, e a memória que registra os dados é altamente resistente. A tecnologia da Symetrix pode ser usada em cartões de saúde, de fidelidade e de acesso a redes de computadores e em carteiras de motorista e carteiras de estudante, por exemplo.

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