As especulações no mercado indicam que o talão de cheques deverá em dez anos ser substituído pelo cartão de crédito ou de débito. "É uma forma de pagamento mais fácil e segura para ambas as partes, pois há aprovação imediata na transação", afirma o vice-presidente da Pró-Consumer, Fernando Scalzilli. Para as instituições financeiras, é mais interessante difundir a cultura do cartão de crédito por causa da diminuição de custo operacional, afirma o gerente-executivo do Banco do Brasil (BB), Hércules Xavier. Segundo ele, enquanto a instituição despende R$ 1,20 por transação em cada folha de cheque, no cartão custa apenas R$ 0,10. Este ano, o BB deve lançar cartão de crédito com limite a partir de R$ 50,00. "Vamos popularizar o uso desse meio." A Associação Brasileira de Empresas de Cartão de Crédito (Abecs) tem o mesmo objetivo. "As pessoas devem habituar-se a utilizar o cartão, porque ele é aceito em âmbito nacional", diz o diretor-jurídico, Sady Dalmas. Segundo ele, 60% do mercado consumidor está na região sudeste nos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo. Há, no entanto, opiniões divergentes , como a do coordenador de Serviços Associados do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Marcos Diegues. "Poucas pessoas têm acesso a esses meios eletrônicos. E muitos têm dificuldade em operá-los."