Publicidade

TAM abre brecha para empresas aéreas menores

Por Agencia Estado
Atualização:

A decisão da TAM de deixar a operação de algumas rotas abre uma oportunidade de mercado para empresas aéreas regionais. A OceanAir, empresa de táxi aéreo, prestes a se tornar uma companhia aérea regular, se prepara para assumir alguns dos serviços abandonados pela TAM. "Abre-se uma brecha razoável para as empresas regionais, que operam aeronaves menores", afirma o vice-presidente da OceanAir, Jorge Vianna. A empresa de táxi aéreo do Grupo Marítima tem em seu projeto de expansão rotas para algumas das cidades deixadas pela TAM. Sorocaba, Presidente Prudente, Araçatuba (SP) e Criciúma (SC) são as principais cidades de interesse da empresa. "Presidente Prudente já fazia parte do nosso projeto de expansão, e só não foi implantado por causa da presença da TAM", informa afirma Vianna. Ele explica que essas cidades já têm um estudo mercadológico pronto. "A localização do nosso novo centro de manutenção em Sorocaba facilita nossa estratégia", diz. A empresa atende rotas no Sudeste e Sul abandonadas pela Rio Sul, do Grupo Varig, como Cascavel, Chapecó, Lages, Videira, Ponta Grossa e Maringá. Em outubro, a OceanAir pretende lançar uma rota ligando Maringá a São Paulo ou Curitiba. "Nossa primeira opção é São Paulo, mas vamos estudar o impacto da entrada da Gol nesse mercado", informa. Na primeira semana do próximo mês, também será lançada uma rota ligando Vitória a Governador Valadares, com escala em Itatinga. As últimas vistorias para a licença de operação como empresa aérea regular terminam esta semana. Vianna espera que nos próximos 15 dias a OceanAir consiga a licença junto ao Departamento de Aviação Civil (DAC). A empresa entrou em maio com o pedido. Por enquanto, ela permanece como empresa de táxi aéreo, com autorização para operar rotas menos concorridas. A OceanAir trabalha com uma frota de quatro turbohélices Brasília, um LearJet e um King Air. Ainda este ano, Vianna espera receber mais quatro aeronaves de 50 assentos. Gol A extinção de operações em Caxias do Sul (RS), Criciúma (SC), Navegantes (SC), Presidente Prudente (SP), Araçatuba (SP), Sorocaba (SP), São José dos Campos (SP), Ji-Paraná (RO) e Corumbá (MS), foi anunciada pela TAM na segunda-feira, quando divulgou seu balanço e um prejuízo de R$ 233 milhões no primeiro semestre deste ano. Dessas rotas, a Gol atua desde junho em Navegantes. Desde que entrou no mercado, em janeiro do ano passado, a Gol vem provocando uma redução na oferta de assentos entre as companhias aéreas concorrentes. De acordo com dados do DAC, de janeiro de 2001 até agosto deste ano, as concorrentes reduziram em 12,5% sua oferta de assentos, já contando com o encolhimento de 12% anunciado pela TAM. A mais nova rota da empresa que opera no conceito low cost, low fare foi inaugurada ontem e liga Maringá (PR) a São Paulo. O vôo sai do aeroporto de Congonhas às 12h51, chegando a Maringá às 13h51. Na volta, parte-se da cidade paranaense às 15h e chega-se a São Paulo às 16h. "Esse serviço atende não só a cidade, mas toda a Região Norte do Estado do Paraná", afirma o vice-presidente de marketing da Gol, Tarcísio Gargioni. A empresa já operava um vôo vindo de Curitiba com escalas em Maringá, Campinas e São Paulo. Em relação à entrada da Gol nas rotas deixadas pela TAM, Gargioni afirma que é muito cedo para decidir sobre isso. "É preciso um planejamento para entrar em uma nova rota e, como a decisão da TAM é muito recente, não é possível fazer essa avaliação". Na próxima semana, a Gol recebe uma nova aeronave Boeing 737-800, com capacidade para 177 passageiros. Para outubro, espera-se mais duas e em novembro, chega o quarto Boeing, totalizando dois Boeing 737-800 e dois 737-700. Leia mais sobre o setor de Transportes e Logística no AE Setorial, o serviço da Agência Estado voltado para o segmento empresarial.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.