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TAM promove reestruturação e manda embora 21 executivos

Parte dos demitidos foi levada para empresa por Barioni

Por Alberto Komatsu e Mariana Barbosa
Atualização:

A TAM passa por uma reorganização administrativa e demitiu, nas últimas semanas, 21 executivos, sendo 2 vice-presidentes, 2 diretores e 17 gerentes. Sob a justificativa de cortar custos por causa da crise, a TAM extinguiu as duas vice-presidências: a de Gestão de Pessoas, que era ocupada por Guilherme Cavalieri, e a Técnica, que era ocupada pelo comandante Jorge Gabriel Isaac. Os dois executivos foram levados para a TAM por Barioni e, segundo fontes ligadas à companhia, a decisão de demiti-los reflete a insatisfação da família Amaro, principal acionista, com o próprio Barioni. Com as mudanças, a diretoria de Gestão de Pessoas agora se reporta diretamente à presidência. A diretoria técnica (responsável pela manutenção das aeronaves) ficou subordinada à vice-presidência de Operações, cujo responsável é Fernando Sporleder, também levado para a TAM por Barioni. Uma das insatisfações da família Amaro com Barioni está ligada às perdas provocadas por operações financeiras de proteção contra a variação do preço do combustível - ainda que elas estivessem dentro da política de risco aprovada pelo Conselho. A insatisfação com Barioni não está restrita aos acionistas e chegou à área de operações. Barioni ganhou alguns desafetos ao promover mudanças operacionais para otimizar o uso de aeronaves e melhorar o desempenho dos pilotos. Um comandante que estava causando danos à imagem de Barioni com textos apócrifos publicados em um fórum de pilotos na internet foi identificado e demitido na terça-feira por justa causa. O piloto foi demitido ao se apresentar para um voo e, segundo fontes, chegou a ser encaminhado para uma delegacia, onde prestou depoimentos e depois foi liberado. Barioni entrou na TAM em agosto de 2007, quando assumiu a vice-presidência de operações, vindo da rival Gol. Três meses depois, foi para a presidência da TAM, em substituição a Marco Antonio Bologna. A situação de Barioni ficou mais delicada a partir de março, com a volta de Bologna ao grupo TAM, para a presidência da empresa de aviação executiva. Mesmo longe da presidência da TAM, Bologna nunca deixou de ser uma espécie de conselheiro da família e não tem um bom relacionamento com Barioni.

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