PUBLICIDADE

Publicidade

TAP retoma projeto de privatização

Por Agencia Estado
Atualização:

Paralisado após os atentados terroristas de 11 de setembro, o projeto de privatização da TAP Air Portugal foi retomado neste mês. O vice-presidente executivo da companhia, Luiz da Gama Mór, disse que a empresa reabriu o processo com apresentações em um road show para investidores institucionais em Portugal. O objetivo inicial, numa primeira etapa, é negociar 39% do capital, com responsabilidade de gestão ao comprador, explicou Mór. A segunda fase prevê que 20% deverão ser pulverizados entre os funcionários. Na tentativa anterior de privatizar a TAP, no começo de 2001, a Swiss Air desistiu da aquisição, disse Mór. Depois da operação frustrada, começou a crise no setor de aviação, agravada pelos efeitos do terrorismo, relatou o executivo, que foi palestrante de reunião-almoço na Federação das Associações Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul). Mór integra um grupo de quatro executivos egressos da Varig na companhia portuguesa. Quando eles foram convidados para a diretoria da TAP, no segundo semestre de 2000, a empresa estava próxima da privatização, disse Mór. Como a negociação não foi adiante, a diretoria priorizou a reestruturação, com a meta de produzir resultados positivos em três anos. A TAP saiu de um prejuízo de quase 120 milhões de euros em 2000 para uma perda de 45 milhões de euros no ano passado - abaixo da previsão, de 53 milhões de euros. "A meta para 2002 é atingir equilíbrio no resultado líquido", afirmou. A estimativa da TAP ainda aponta uma perda de 5 milhões de euros neste ano. Durante a reestruturação, a companhia passou a voar mais e cortou o quadro em 900 funcionários, que agora somam quase sete mil, após negociação com os 14 sindicatos envolvidos. Uma estratégia para aumentar a ocupação das aeronaves foi tornar Portugal uma porta de entrada na Europa para os vôos do Brasil, que foram intensificados. A companhia, que não tinha nenhum vôo diário, agora tem linhas todos os dias que partem de São Paulo e Recife para Lisboa, além de voar seis dias por semana do Rio de Janeiro para a capital portuguesa. Além destas rotas, Salvador tem cinco partidas semanais para Portugal, e Fortaleza, três. No total, são 28 vôos por semana entre os dois países, sendo que 40% dos passageiros têm destinos além de Portugal. A TAP detém 73% do mercado entre Brasil e Portugal. Sua taxa de ocupação ficou em 75% no primeiro semestre, um desempenho superior à média na Europa, comparou Mór.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.