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Tarifas bancárias subiram 5,48% em média

Segundo pesquisa do Sindicato dos Bancários de São Paulo, o preço médio da cesta de tarifas bancárias aumentou 5,48% de outubro de 2000 até agosto deste ano. A maior elevação foi do Bandeirantes com reajuste de 61,86%.

Por Agencia Estado
Atualização:

O preço das tarifas bancárias aumentou até 61% em um ano. Este foi o resultado da pesquisa realizada pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, que pesquisou uma cesta de serviços em 27 instituições financeiras. O Bandeirantes (que foi incorporado ao Unibanco em janeiro) foi o que teve maior aumento: 61,86%. E o Boavista (comprado pelo BCN) foi o único que teve os preços reduzidos: 6,44%. O preço das tarifas foi liberado pelo governo em 1996. Desde então, cada instituição faz sua tabela. "Agora, os bancos ajustam os valores de cada produto de tempos em tempos, sem uma periodicidade determinada", explica o coordenador do estudo, Edevaldo Fernandes da Silva. O preço médio da cesta de produtos custava, em outubro de 2000, R$ 225,01 por ano. Em agosto deste ano, subiu para R$ 237,33 - 5,48%. "Alguns bancos subiram preços de uns produtos e baixaram outros, por isso não tiveram grande variação de preço. Outros, no entanto, modificaram muito os valores". Silva ressalta que os bancos nacionais são os que cobram as menores tarifas. O Itaú e a Nossa Caixa, por exemplo, mantiveram os valores em R$ 170,75 e R$ 177,60 pela cesta básica anual. Para ele, a variação nos preços do Bandeirantes foi grande porque, durante a pesquisa, houve a incorporação deste banco pelo Unibanco. "E as tarifas tiveram de se adequar". O banco foi procurado pela reportagem, mas não comentou o aumento. O diretor de Produtos de Crédito do Bank Boston - que teve o segundo maior aumento, 22,41% -, Guilherme Almeida de Oliveira, justificou a variação dizendo que os preços não eram alterados há cerca de cinco anos. Arrecadação A cesta anual avaliada pela pesquisa inclui liberação de seis talões de cheques, duas folhas de cheque avulsos, uma sustação, uma ficha cadastral, 36 saques 24 horas, oito extratos eletrônicos, três Docs, 12 débitos em conta corrente, 12 ligações telefônicas, três envios de talões pelo correio, além dos 12 talões ou o cartão magnético fornecidos normalmente pelo banco. O vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac), Miguel Oliveira, afirma que os bancos estão "cobrando por qualquer tipo de serviço" e estão ganhando com isso. Pesquisa da entidade mostra que a arrecadação dos dez maiores bancos do País com a prestação de serviços aumentou 55,16% entre 1997 e 2000. De acordo com ele, hoje, essa arrecadação cobre os gastos das instituições com a folha de pagamento. "Em 1994, cobriam apenas apenas 30% desse valor". Para não acabar pagando a mais pelos serviços, o Procon-SP aconselha os consumidores a fazerem pesquisa em agências ou sites dos bancos ou do Banco Central (veja link abaixo). "O cliente pode também optar pelas cestas de serviços oferecidas pela maioria das instituições que contêm serviços de acordo com o perfil de cada cliente", diz a assistente de direção, Dinah Barreto.

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