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Tarso Genro diz que Brasil é "líder" da América do Sul

Para o ministro, os "percalços" têm que ser negociados entre os dois países do ponto de vista da soberania e dos interesses de cada um

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro de Relações Institucionais, Tarso Genro, avaliou nesta sexta-feira que o Brasil "está se comportando como líder da América do Sul e não como tutor", ao comentar o episódio da nacionalização de reservas de gás e petróleo pela Bolívia e a resposta do País ao governo de Evo Morales. Genro identificou "uma certa ansiedade em determinados setores" de que o Brasil tivesse uma atitude "violenta, radical" contra a Bolívia, em reação à medida anunciada na segunda-feira. Na ótica do ministro, a Bolívia é um país pobre "que está nacionalizando suas riquezas, coisa que o Brasil já fez há muito tempo". O governo brasileiro, acrescentou Genro, "tem uma posição firme, segura, de proteger os interesses nacionais". Ele lembrou que a questão do gasoduto é uma discussão que se estendeu por 50 anos e sua construção começou há dez anos. "Portanto, é uma política de Estado e, aliás, na minha opinião, uma boa política de Estado, que permite a integração da América Latina", afirmou. Os "percalços" têm que ser negociados entre os dois países, defendeu o ministro, do ponto de vista da soberania e dos interesses de cada um. Genro fez os comentários antes de abrir, em Porto Alegre (RS), reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), que discute estratégias de crescimento e distribuição de renda.

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