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Taxa de desemprego aberto foi de 7,3% em agosto

Por Agencia Estado
Atualização:

A taxa de desemprego aberto ficou em 7,3% em agosto, um pouco inferior à registrada em julho (7,5%), mas superior a agosto do ano passado (6,2%) segundo os dados divulgados hoje pelo IBGE. Houve crescimento tanto do número de pessoas economicamente ativas (3,7%) quanto das não economicamente ativas (0,3%), na comparação com agosto do ano passado. O tempo médio de procura de trabalho em agosto foi de 24,4 semanas praticamente igual ao de julho, de 24,2 semanas. A taxa de desemprego livre das influências sazonais passou de 7,4% em julho para 7,2% em agosto. Em São Paulo, o desemprego em agosto foi exatamente igual ao registrado em julho, de 8,9%. Rendimento continua em queda A queda no rendimento dos trabalhadores permanece intensa no País, puxada especialmente pelos que têm carteira assinada. No acumulado de janeiro a julho deste ano, a redução no rendimento médio dos ocupados foi de 4,2% ante igual período do ano passado, com decréscimo de 4,7% no grupo dos com carteira e aumento de 0,4% no grupo dos ocupados sem carteira. Resultados similares ocorreram em julho na comparação com igual mês do ano passado, com decréscimo de 3% no rendimento médio nominal das pessoas ocupadas no País, repetindo as quedas sucessivas que vêm sendo registradas nesse indicador desde janeiro de 2001. O rendimento no mês ficou estável, em R$ 802,09, aproximadamente quatro salários mínimos, na comparação com junho. Nessa base de comparação mensal, o desempenho novamente foi pior no grupo dos com carteira assinada (-3,3%), mas houve uma pequena redução também na renda dos sem carteira (-0,7%). Segundo a analista do departamento de emprego e rendimento do IBGE, Shyrlene Ramos de Souza, a queda no rendimento dos trabalhadores com carteira mostra que as contratações que estão ocorrendo incluem salários menores. Enquanto a procura por trabalho for maior do que a oferta de empregos no País, como vem ocorrendo, a tendência é de redução do rendimento, já que os trabalhadores estão ?perdendo o poder de barganha?, avalia. Número de desocupados subiu 21,7% O mercado de trabalho continua absorvendo mão-de-obra em ritmo bem inferior ao da procura por uma vaga. Segundo os dados do IBGE, o número de pessoas desocupadas (procurando trabalho) cresceu 21,7% no País no acumulado de janeiro a agosto deste ano, enquanto o número de ocupados cresceu bem menos (1,7%). A analista salientou que o aumento porcentual dos ocupados tem um efeito maior, já que o universo do número de pessoas sobre o qual incide é bem superior. Ela admitiu que o crescimento da desocupação mostra que a geração de empregos não tem sido suficiente para evitar que permaneça um contingente significativo de pessoas em busca de trabalho mas sem conseguir uma colocação no País. Em agosto deste ano havia nas seis principais regiões metropolitanas do País 1,425 milhão de desocupados, ou 281 mil pessoas a mais do que as 1,144 milhões de desocupadas no mesmo mês do ano passado, com aumento de 24,6% no período. O número de ocupados também cresceu, passando de 17,419 milhões de pessoas em agosto do ano passado para 17,828 milhões em agosto deste ano, com acréscimo de 409 mil pessoas, ou de 2,3%.

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