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Taxa de desemprego cai para 12,9% no trimestre encerrado em abril

Resultado representa 13,4 milhões de desocupados, aponta IBGE; em igual período de 2017, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 13,6%

Por Vinicius Neder
Atualização:

RIO - A taxa de desocupação no Brasil ficou em 12,9% no trimestre encerrado em abril, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta terça-feira, 29, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em números absolutos, o resultado representa 13,4 milhões milhões de desocupados. Em igual período de 2017, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 13,6%. No trimestre até março de 2018, o resultado ficou em 13,1%.

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Na mesma época de 2017, o desemprego atingiu o pico, em 13,7% Foto: Marcos Santos/USP-Imagens

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O resultado veio em linha com as expectativas coletadas pelo levantamento do Projeções Broadcast iam de 12,00% a 13,70%. Com base no intervalo de 29 estimativas, a mediana atingiu 13,00%.

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A população desocupada no Brasil somou 13,413 milhões de pessoas, uma queda de 4,5%, ou seja, 635 mil pessoas deixaram a condição de desempregados. Em relação ao trimestre móvel encerrado em janeiro, houve alta de 5,7% nesse contingente, ou seja, 723 mil pessoas passaram a engrossar a fila do desemprego.

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Já a população ocupada ficou em 90,733 milhões de pessoas no trimestre móvel até abril, 1,7% acima de igual período de 2017. Com isso, o nível de ocupação ficou em 53,6%, queda de 0,6 ponto porcentual ante o trimestre móvel imediatamente anterior, mas alta de 0,4 ponto ante igual período de 2017. 

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A força de trabalho somou 104,1 milhões de pessoas de fevereiro a abril. O contingente permaneceu estável quando comparado com o trimestre de novembro de 2017 a janeiro de 2018. Frente a igual trimestre do ano anterior, houve expansão de 0,8% (mais 860 mil pessoas). 

A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.182,00 no trimestre encerrado em abril. O resultado representa uma alta de 0,8% em relação a igual período do ano anterior. Enquanto a massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 193 bilhões no trimestre até abril, alta de 2,5% ante igual período do ano anterior, considerada como estabilidade pelo IBGE. 

Recuperação lenta. Ainda assim, economistas afirmam que as condições do mercado de trabalho brasileiro devem continuar frágeis, refletindo a recuperação da atividade mais lenta que a prevista.

De acordo com o Haitong Banco de Investimento do Brasil, que acertou a projeção para o dado, a pequena desaceleração é compatível com a relação positiva (e defasada) entre taxa de desemprego e as condições monetárias. "Embora de forma gradual, o mercado de trabalho brasileiro deve se beneficiar da queda da taxa de juros, sustentando assim a expansão da economia", avalia em relatório.

O desemprego, observa o UBS Brasil, está caindo, mas muito lentamente e de um nível historicamente elevado. Conforme o banco, que esperava taxa em 13,00% para o desemprego no trimestre até abril, a lenta recuperação da atividade econômica sugere um enfraquecimento do mercado de trabalho.

Para economista Fábio Romão, da LCA, admite que essa desaceleração está sendo mais demorada e em menor magnitude do que se esperava./ colaboraram Maria Regina Silva e Thaís Barcellos

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