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Taxa de desemprego mantém-se em 9,4% em agosto

Por Agencia Estado
Atualização:

A taxa de desemprego medida pelo IBGE nas seis principais regiões metropolitanas do País ficou em 9,4% em agosto, no mesmo patamar de junho e julho. A taxa foi menor do que a de 11,4% registrada em agosto de 2004 e também ficou abaixo do piso das estimativas de analistas consultados pela Agência Estado, que esperavam algo entre 9,5% e 9,7%. O coordenador da pesquisa mensal de emprego do IBGE, Cimar Azeredo, disse que os dados do mercado de trabalho em agosto, com estabilidade da taxa de desemprego em relação a junho e julho, "não mostra retrocesso, mas um momento de compasso de espera". Para Azeredo, um dos fatores que podem estar mantendo a taxa estável é o "momento de incerteza", que pode estar levando o mercado de trabalho nas seis regiões pesquisadas a não reagir como ocorria no início do ano, "mas não há um quadro de retrocesso, estagnação ou frustração". O número de pessoas ocupadas nas seis regiões atingiu 19,897 milhões em agosto, com aumento na ocupação de 0,4% ante julho e de 2,4% ante agosto de 2004. A população desocupada (sem trabalho e procurando emprego) somou 2,065 milhões de pessoas em agosto, com aumento de 0,2% ante julho e queda de 17,1% ante agosto de 2004. Rendimento O rendimento médio real dos trabalhadores nas seis regiões ficou em R$ 973,20 em agosto, com um aumento de 0,7% ante julho e de 3,7% ante agosto de 2004, na maior variação anual desse indicador desde o início da série histórica do IBGE, em março em de 2002. Este aumento no rendimento médio real dos trabalhadores na média das seis regiões pesquisadas pelo IBGE em agosto foi resultado do reajuste do salário mínimo - que ocorreu em maio mas ainda teve efeitos no indicador de agosto - e da queda da inflação (a renda é deflacionada pelo INPC médio das seis regiões), segundo explicou Cimar Azeredo. O rendimento cresceu pelo terceiro mês consecutivo ante mês anterior, com acréscimo de 0,7% em agosto ante julho; e apresentou o recorde de crescimento da série histórica da nova pesquisa ante agosto de 2004 (3,7%). Apesar da reação, o rendimento médio de R$ 973,20 em agosto ainda é inferior ao patamar de fevereiro de 2003 (R$ 986,47).

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