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Taxa de desemprego na Europa cai para 7,3% em setembro

Por Carolina Ruhman
Atualização:

A taxa de desemprego na zona do euro (13 países da Europa que compartilham o euro) caiu em setembro, puxada por um declínio na Alemanha, embora a taxa tenha sido revisada em alta devido a uma mudança na sua forma de cálculo. De acordo com os dados da Eurostat, o desemprego recuou para 7,3% em setembro, de 7,4% em agosto - dado revisado em alta do cálculo anterior de 6,9%. Economistas previam que a taxa ficaria em 6,9%. A Eurostat informou que após um acordo com o escritório de estatística alemão, ela começou a usar a pesquisa de força de trabalho contínua para calcular o desemprego mensal na Alemanha. Essa mudança provocou revisões consideráveis nos dados dos últimos meses, que eram calculados utilizando uma fonte temporária, chamada pesquisa mensal telefônica ILO. "O novo método levou a uma significativa revisão em alta da taxa de desemprego alemão de entre 1 ou 2 pontos porcentuais desde 2005", declarou a Eurostat. "Devido ao tamanho da economia alemã, a revisão teve um impacto notável nos números de desemprego da zona do euro". O relatório de setembro mostrou que a queda na taxa foi liderada pela queda no desemprego alemão de 8,3% em agosto para 8,1% em setembro. Na França, por outro lado, o desemprego ficou inalterado em 8,6%, assim como na Espanha, que permaneceu em 8%. Inflação A inflação na zona do euro acelerou em outubro e cresceu no maior ritmo dos últimos 25 meses. O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 2,6% em outubro, depois da elevação de 2,1% em setembro, de acordo com a estimativa preliminar da Eurostat. O resultado superou a previsão de economistas de alta de 2,3%, e ficou acima da meta do Banco Central Europeu (BCE). Economistas acreditam que o resultado vai consolidar o viés de alta dos juros pelo BCE. "A inflação voltou à agenda", disse Martin Lueck, economista do banco UBS. O detalhamento do dado será divulgado em 15 de outubro, e será observado com atenção no mercado, em busca de sinais de aceleração no núcleo da inflação, que não mede o impacto dos preços de energia. As informações são da Dow Jones.

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