23 de dezembro de 2020 | 09h43
RIO - A taxa de desemprego aumentou de 14,1% em outubro para 14,2% em novembro, maior resultado da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Covid (Pnad Covid-19) mensal, iniciada em maio pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em novembro, a população ocupada totalizou 84,661 milhões, um aumento de 0,6% em relação aos 84,134 milhões de pessoas registrados em outubro, 527 mil vagas a mais. O total de ocupados superou o patamar de maio, quando somava 84,404 milhões de pessoas.
Já a população desocupada cresceu de 13,763 milhões em outubro para 14,038 milhões em novembro, um aumento de 2,0%, 275 mil pessoas a mais. Em relação a maio, quando teve início a pesquisa, a população desempregada saltou 38,6%, o que representou 3,909 milhões de pessoas a mais nessa condição.
O contingente de inativos diminuiu de 72,704 milhões em outubro para 72,042 milhões em novembro, uma redução de 0,9%. Entre os inativos, 24,1 milhões gostariam de trabalhar, mas não buscaram trabalho, sendo que 13,7 milhões deles argumentaram que não procuraram uma vaga devido à pandemia ou à falta de trabalho na localidade.
O nível de ocupação subiu de 49,3% em outubro para 49,6% em novembro.
O pagamento do auxílio emergencial alcançou menos domicílios em novembro. O auxílio emergencial chegou a 28,1 milhões de domicílios em novembro, ante 29,0 milhões em outubro. Segundo a pesquisa, a proporção de domicílios que recebeu algum auxílio relacionado à pandemia diminuiu de 42,2% em outubro para 41,0% em novembro.
O valor médio do benefício recebido foi de R$ 558 por domicílio em novembro, ante R$ 694 em outubro.
O auxílio pago pelo governo desceu de R$ 600 em agosto para R$ 300 em setembro. Na pesquisa, os auxílios pesquisados incluem não apenas o auxílio emergencial, mas também a complementação do governo pelo Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, o que ajudava a explicar a incidência de recebimento de benefício entre domicílios com renda mais elevada.
Na Região Norte, 57,0% dos domicílios recebiam algum tipo de auxílio, enquanto essa fatia era de 55,3% no Nordeste.
No mês de novembro, 7,3 milhões de pessoas trabalhavam em home office, ante 7,6 milhões de pessoas em outubro, segundo os dados da Pnad Covid-19. Em apenas um mês, cerca de 300 mil pessoas deixaram de trabalhar remotamente. A região Norte tinha o menor porcentual de pessoas ocupadas trabalhando remotamente (3,9%) e o Sudeste, o maior (11,8%).
O porcentual de mulheres que em trabalho remoto foi de 12,9%, contra uma fatia de 6,5% entre os homens. Entre as pessoas que não tinham completado o ensino fundamental, apenas 0,3% trabalhavam remotamente, enquanto que essa fatia entre os trabalhadores com nível superior completo ou pós-graduação era de 28,7%.
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