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Taxa de Juro de Longo Prazo cai para 8,15%

Na presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Mantega defendia uma redução dos juros para 7% ao ano.

Por Agencia Estado
Atualização:

O Conselho Monetário Nacional decidiu hoje reduzir a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) em 0,85 ponto porcentual. Com a redução, a taxa, que estava em 9% ao ano, passou para 8,15%. Essa taxa será válida nos meses de abril, maio e junho. Essa foi a primeira reunião do Conselho sob a presidência do ministro da Fazenda, Guido Mantega. Antes disso, na presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Mantega defendia uma redução dos juros para 7% ao ano. "Quando estava no BNDES, era presidente do BNDES e cuidava de determinadas coisas. Agora, como ministro da Fazenda, cuido de outras questões". A TJLP determina a base do juro anual cobrado pelo BNDES na concessão de um empréstimo. Além da TJLP, que incide igualmente em todos os contratos, são cobrados também juros adicionais (spreads) que variam de zero a cerca de 5% ao ano, dependendo do projeto. Ao anunciar a decisão, o diretor de Normas do Banco Central, Sérgio Darcy, não divulgou os parâmetros considerados na definição da nova taxa. Disse apenas que a decisão foi tomada pelo "conjunto da obra". Pela regra, a TJLP é definida levando-se em conta a meta de inflação e o prêmio de risco País. Considerando-se que a meta de inflação é de 4,5%, o prêmio de risco considerado ficou na casa de 3,65%. Sem discussões Darcy informou ainda que não houve discussão dentro do CMN de outras propostas para a redução da TJLP. O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, levou a proposta de 8,15% ao ano, que foi aceita pelos integrantes do Conselho, informou Darcy. "Não houve discussão no CMN", disse Darcy, que não deu detalhes se houve alguma discussão anterior sobre essa proposta de 8,15%. Darcy disse que a taxa de 8,15% veio em um processo de entendimento. Diante da insistência dos repórteres sobre o fato de o CMN não ter divulgado os parâmetros para a TJLP, Darcy respondeu que foi resultado de uma conjugação entre a meta de inflação e o risco Brasil. "Foi o conjunto da obra", disse Darcy.

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