PUBLICIDADE

Publicidade

Taxa de juro de longo prazo poderá ser substituída, diz Levy

A taxa é usada como referência de longo prazo para os investimentos das empresas.

Por Agencia Estado
Atualização:

O secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy, disse hoje que, num prazo de três anos, a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) poderá ser substituída como referência de longo prazo para os investimentos das empresas. Segundo ele, quando o Brasil tiver em sua composição da dívida pública 60% de títulos prefixados e os papéis de cinco a sete anos de prazo forem o padrão de emissão do Brasil, o País já estará maduro para ter referências de mercado para o financiamento de longo prazo. Levy afirmou que o mercado de crédito no Brasil tem se desenvolvido bem. Ele destacou, especialmente, a expansão das emissões de debêntures (títulos de empresas) que este ano, segundo ele, estão chegando a cerca de R$ 30 bilhões, alcançando quase o mesmo ritmo de desembolso do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). "Nós temos tido novas formas de financiamento de médio prazo no Brasil e este movimento será uma suplementação interessante em termos de financiamento da economia", afirmou. O secretário do Tesouro disse que mesmo com a possibilidade de a TJLP deixar de ser a referência de longo prazo no Brasil, o BNDES continuará tendo um papel "insubstituível" para o financiamento das empresas, mas que poderá ser complementado pelos instrumentos de mercado de crédito de longo prazo. BNDES apóia O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Guido Mantega, vê com muita simpatia a posição de Levy, de aumentar a emissão de títulos públicos com juros prefixados e, com isso, reduzir a importância de indexadores, como a TJLP, utilizada pelo BNDES nos seus financiamentos. "Nós sempre defendemos que o Tesouro deveria reduzir os títulos indexados à Selic e aumentar a participação dos papéis prefixados. Com isso a dívida pública brasileira ficaria semelhante a de outros países, como os Estados Unidos, facilitando a condução da política monetária e a redução dos juros", disse Mantega em declarações à Agência Estado.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.