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Taxa de juros do cheque especial tem nova alta em janeiro e chega a 315% ao ano

Taxa média de juros no crédito livre subiu de 35,6% para 37,7% de dezembro para janeiro

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Por Fabrício de Castro e Eduardo Rodrigues
Atualização:

As taxas médias de juros para pessoas físicas subiram em janeiro em comparação a dezembro, apontou nesta quarta-feira, 27, o Banco Central. A taxa média de juros no crédito livre passou de 48,9% para 51,4% ao ano. Entre as principais linhas para a pessoa física, destaque para o cheque especial, cuja taxa passou de 312,6% ao ano para 315,6% ao ano de dezembro para janeiro. No crédito pessoal, a taxa passou de 41,7% para 43,8% ao ano. A taxa de juro do cartão de crédito rotativo também subiu, de 285,4% ao ano em dezembro para 286,9% ao ano em janeiro.

Desde julho do ano passado, os bancos estão oferecendo um parcelamento para dívidas no cheque especial. A opção vale para débitos superiores a R$ 200. A expectativa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) era de que essa migração do cheque especial para linhas mais baratas acelerasse a tendência de queda do juro cobrado ao consumidor.

Taxa de juros do cheque especial passou de 312,6% ao ano para 315,6% ao ano de dezembro para janeiro. Foto: Estadão

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Os dados divulgados hoje pelo Banco Central mostraram ainda que, para aquisição de veículos, os juros foram de 21,7% ao ano em dezembro para 22,4% em janeiro.

A taxa média de juros no crédito total, que inclui operações livres e direcionadas (com recursos da poupança e do BNDES), foi de 23,2% ao ano em dezembro para 24,7% ao ano em janeiro. Em janeiro de 2018, estava em 25,6%.Já o Indicador de Custo de Crédito (ICC) subiu 0,3% em janeiro ante dezembro, aos 20,8% ao ano. O porcentual reflete o volume de juros pagos, em reais, por consumidores e empresas no mês, considerando todo o estoque de operações, dividido pelo próprio estoque. Na prática, o indicador reflete a taxa de juros média efetivamente paga pelo brasileiro nas operações de crédito contratadas no passado e ainda em andamento.

Endividamento das famílias fica em 42,5% em dezembro

O endividamento das famílias brasileiras com o sistema financeiro ficou estável em 42,5% em dezembro, mesmo patamar de novembro, informou o BC. Se forem descontadas as dívidas imobiliárias, o endividamento foi de 24,1% em dezembro, como em novembro.

O cálculo leva em conta o total das dívidas dividido pela renda no período de 12 meses. Além disso, incorpora os dados da Pesquisa Nacional de Amostragem Domiciliar (Pnad) contínua e da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), ambas do IBGE.

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Segundo o BC, o comprometimento de renda das famílias com o Sistema Financeiro Nacional (SFN) ficou em 19,8% em dezembro, mesmo nível de novembro. Descontados os empréstimos imobiliários, o comprometimento da renda foi de 17,4% em dezembro, como em novembro.

Spread médio no crédito livre sobe

O spread bancário médio no crédito livre subiu de 27,8 pontos porcentuais em dezembro para 30,2 pontos porcentuais em janeiro, informou o BC.

O spread médio da pessoa física no crédito livre foi de 40,7 para 43,5 pontos porcentuais no período. Para pessoa jurídica, o spread médio passou de 11,5 para 13,1 pontos porcentuais.

O spread médio do crédito direcionado foi de 3,7 para 4,3 pontos porcentuais de dezembro para janeiro. Já o spread médio no crédito total (livre e direcionado) passou de 17,0 para 18,6 pontos porcentuais no período.

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