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Taxa média de juro cobrada por bancos sobe em janeiro

Nos empréstimos para pessoas físicas, a taxa média imposta pelo sistema financeiro do País em operações de crédito livre avançou de 52,1% para 52,3%

Por Agencia Estado
Atualização:

Apesar de mais uma queda da Selic, a taxa básica de juros da economia, em janeiro, de 13,25% para 13% ao ano, os juros ao consumidor tiveram uma pequena alta no mês passado. De acordo com dados divulgados nesta segunda-feira, 26, pelo Departamento Econômico do Banco Central (BC), a taxa média subiu de 39,8% em dezembro de 2006 para 39,9% ao ano em janeiro de 2007. Apesar da alta, a taxa de juros do crédito livre ainda acumula uma queda de 6,2 pontos porcentuais em 12 meses até janeiro. Nos empréstimos para pessoas físicas, a taxa média de juros imposta pelo sistema financeiro do País em operações de crédito livre registrou um avanço em janeiro ante dezembro de 52,1% para 52,3%. Em 12 meses até o primeiro mês do ano, essa taxa ainda tem uma baixa acumulada de 7,4 pontos porcentuais. De acordo com o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, o juro para o consumidor subiu em função do crescimento da demanda por crédito no cheque especial. Ele lembrou que a taxa de juros dessas operações é mais alta do que a de outras modalidades de crédito para pessoas físicas. Em janeiro, a taxa de juros do cheque especial estava em 141,9% ao ano. Nos empréstimos para pessoa jurídica, a taxa média de juros ficou estável em janeiro contra dezembro em 26,2% ao ano. Em 12 meses até janeiro, essa taxa tem uma redução acumulada de 5,1 pontos porcentuais. Juros do consignado é o mais baixo da série histórica Por outro lado, a taxa média de juros dos empréstimos com desconto em folha atingiu em janeiro seu menor patamar desde o início da série histórica em janeiro de 2004. A taxa do mês passado, de acordo com Altamir Lopes, era de 32,9% ao ano, patamar 0,4 ponto porcentual menor que os 33,3% de dezembro do ano passado. Em termos de volume, o crédito com desconto em folha teve alta de 2,9% em janeiro ante dezembro e chegou aos R$ 49,463 bilhões. Para Altamir Lopes, ainda há espaço de crescimento para o crédito consignado. Ele destacou, em especial, que os contratos feitos por aposentados do INSS ainda estão abaixo do potencial. "Temos 18 milhões de aposentados habilitados a tomar o empréstimo com desconto em folha. Mas o número de contratos até janeiro ainda estava em 14,9 milhões", disse. Volume de crédito Em relação ao volume de recursos emprestados, houve um crescimento de 0,7%. Em dezembro de 2006, a expansão do crédito foi de 2,3%. Com o avanço de janeiro, o estoque das operações de crédito aumentou de R$ 733,824 bilhões para R$ 738,719 bilhões. Em 12 meses até janeiro, o crescimento do crédito está acumulado em 21,4%. Apesar da alta, o crédito em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) permaneceu estável em janeiro em 34,3%. A base monetária (papel moeda emitido mais reservas bancárias) teve retração de 1,7% na média dos saldos diários de janeiro. Com a variação, o estoque da base monetária pelo conceito de média recuou dos R$ 118,304 bilhões em dezembro do ano passado para R$ 116,328 bilhões. O estoque da base em janeiro encontra-se dentro do intervalo de variação desse agregado monetário fixado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para o primeiro trimestre de 2007, entre R$ 86,9 bilhões e R$ 117,5 bilhões. No conceito de ponta (final do período), a base monetária teve, em janeiro, uma contração de 9,4%. Com isso, a base em fim do período caiu dos R$ 121,102 bilhões em dezembro de 2006 para R$ 109,696 bilhões. Em 12 meses até janeiro, a base em fim do período está com expansão acumulada de 18,2%. Inadimplência A taxa de inadimplência do crédito cresceu no primeiro mês do ano na comparação com dezembro, de 5% para 5,1%. Em janeiro de 2006, a taxa de inadimplência do crédito livre era de 4,4%. Nas operações com pessoas físicas, a inadimplência recuou em janeiro em relação a dezembro, de 7,6% para 7,5%. Mesmo assim, o porcentual é mais alto do que o de 6,9% de janeiro do ano passado. Nos empréstimos para pessoas jurídicas, a taxa de inadimplência subiu em janeiro, ante dezembro, de 2,7% para 2,8%. Em janeiro de 2006, essa taxa de inadimplência estava em, 2,2%. Matéria alterada às 13h23 para acréscimo de informações

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