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Taxa média de juros ao consumidor cresce 0,27% em setembro

Dados divulgados nesta quarta mostram que as reduções promovidas na Selic ainda não chegaram com a mesma intensidade na taxa média cobrada de consumidores e empresas

Por Agencia Estado
Atualização:

A taxa média de juros de operações de crédito para o consumidor apresentou ligeiro aumento de 0,27% (0,02 ponto porcentual) em setembro ante agosto, para 7,50% ao mês (138,18% ao ano). A informação consta de levantamento divulgado nesta quarta-feira pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). No mesmo período de 2005, a taxa média para pessoa física foi de 7,61% ao mês (141,12% ao ano). Entre as operações de crédito para o consumidor pesquisadas pela Anefac, três tiveram elevação das taxas entre agosto e setembro de 2006: cheque especial (para 7,97% ao mês e 150,98% ao ano), com variação de 0,25%; empréstimo pessoal de financeiras (11,60% ao mês e 273,22% ao ano), com 0,35%; e juros do comércio (para 6,23% ao mês e 106,52% ao ano), com 0,48%. Nas demais operações, não houve modificação: cartão de crédito (10,35% ao mês e 226,04% ao ano); CDC-Bancos (3,29% ao mês e 47,47% ao ano); e empréstimo pessoal de bancos (5,53% ao mês e 90,77% ao ano). Quanto à taxa média de juros de operações de crédito para empresas, o levantamento da Anefac também apontou estabilidade. Em setembro, a taxa permaneceu em 4,28% ao mês (65,35% ao ano). A interpretação dos dados da Anefac mostra que as reduções promovidas na taxa básica de juros, a Selic (atualmente em 14,25% ao ano) pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central ainda não chegaram com a mesma intensidade na taxa média cobrada de consumidores e empresas. Enquanto a Selic recuou em 5,5 pontos porcentuais desde setembro de 2005, quando o BC retomou o processo de corte gradual, a taxa média para pessoa física caiu 2,94 pontos e a oferecida à pessoa jurídica baixou 2,88 pontos. Conforme avaliação do coordenador do levantamento da Anefac, o economista Miguel José Ribeiro de Oliveira, o fato de não haver o repasse total da Selic, bem como as elevações das taxas de juros a consumidores e empresas, pode ser atribuído à demanda maior por crédito destes dois grupos e a um aumento da inadimplência.

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