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Taxas de juros caem apesar de avanço do dólar ante o real

No primeiro dia da reunião do Copom os juros futuros abriram em forte alta, mas houve declínio do DI ao longo do dia

Por Clarissa Mangueira e da Agência Estado
Atualização:

Os contratos dos juros futuros fecharam perto das mínimas na sessão nesta terça-feira, 26, após zerarem os ganhos no meio da tarde devido a um movimento de correção e à queda do juros da T-note de 10 anos. O declínios dos DIs ocorreu apesar da alta registrada pelo dólar ante o real, que foi impulsionada desde o início do dia pelo sinal positivo da moeda americana no exterior e por uma saída de recursos do mercado brasileiro durante a primeira parte da sessão.

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No primeiro dia da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), os juros futuros abriram em forte alta nas parcelas intermediária e longa da curva, ratificando apostas em elevação da Selic para 10% na quarta-feira e duas novas altas nos encontros de janeiro e fevereiro de 2014. O DI com vencimento em janeiro de 2017 marcou alta de mais de 10 pontos-base, para 12,30%. Na taxa de 10 anos, para janeiro de 2023, a máxima chegou a 13%.

A alta dos contratos no início dia também refletiu o mau humor dos investidores com a situação fiscal e a fraca atividade econômica do País, além da tensão antes do julgamento da remuneração da caderneta de poupança pelo STF e a aparente resistência do governo em criar um critério para o reajuste da gasolina. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, falou sobre todos esses assuntos em uma entrevista concedida após se reunir com a diretoria da Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta terça. Segundo ele, o governo deverá ter resultado fiscal razoável, mas certamente não fará superávit primário cheio. Mantega disse também que a fórmula de reajuste dos combustíveis não pode ser feita de improviso e que a decisão depende da diretoria da Petrobras. Ele confirmou no fim da tarde que a reunião do conselho da companhia prevista para o dia 29 está mantida.

Os juros perderam força no decorrer da tarde, no entanto, seguindo a queda do juro da T-note de 10 anos antes de um esperado leilão do T-notes de 5 anos do Tesouro dos EUA, que atraiu a maior demanda desde julho. Operadores disseram que a desaceleração das taxas domésticas também refletiu uma leitura no mercado de que houve um certo exagero nas altas observadas recentemente, mesmo porque, o julgamento envolvendo as cadernetas de poupança não deve ser finalizado agora.

Ao término da sessão regular de negócios, a taxa do contrato futuro de juro para abril de 2014 (101.835 contratos) estava em 10,11%, de 10,12% no ajuste anterior. O juro para janeiro de 2015 (415.645 contratos) indicava 10,83%, de 10,89% na véspera. Na ponta mais longa da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 (229.970 contratos) apontava 12,10%, ante 12,18% na véspera. A taxa do DI para janeiro de 2021 (11.650 contratos) marcava 12,59%, de 12,61% no ajuste anterior.

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