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Taylor afirma que Alca em 2005 é plano ambicioso, mas viável

Por Agencia Estado
Atualização:

O subsecretário do Tesouro norte- americano, John Taylor, disse hoje que o prazo de janeiro de 2005 para início da Área de Livre Comércio das Américas (Alca) é ambicioso, mas ainda viável. "As negociações estão progredindo", afirmou Taylor, durante o seminário Previsões Financeiras e Econômicas para a América Latina em 2003, promovido pelo Conselho das Américas. Taylor disse que a América Latina não deixou de ser prioridade para o governo americano como muitos pensam e apesar dos problemas no Oriente Médio e da Guerra no Iraque. "Nós ainda estamos com bastante foco na região e perseguindo muitas negociações de livre comércio." Ele citou o acordo de livre comércio com o Chile, que deve ser assinado amanhã. Brasil é experiência bem-sucedida Taylor disse ainda que o Brasil já pode ser considerado na lista de experiências bem-sucedidas na América Latina, junto com México e Chile. Ele atribuiu isso às políticas adotadas pelo governo Lula. Taylor ressaltou que as políticas adotadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu ministro da Fazenda, Antonio Palocci, "têm sido admiráveis". Ele explicou que a alta dos títulos da dívida de países dos mercados emergentes não pode ser atribuída a fatores técnicos, como a busca por yield pelos investidores internacionais em razão do ambiente de baixas taxas de juros e de retorno nos países desenvolvidos, como os EUA. As taxas nos EUA estão em patamar muito baixo desde dezembro de 2001, enquanto que a alta nos títulos de mercados emergentes, em especial na AL, é mais recente. Ele atribui parte desse fortalecimento dos títulos à melhora nos fundamentos econômicos de vários países da região, em especial no Brasil. Redução de juros depende de queda da inflação Falando sobre taxas de juros no Brasil, o subsecretário afirmou que, para que haja um recuo das taxas, é necessário primeiro reduzir a taxa de inflação. Essa foi a resposta dele quando questionado sobre se as altas taxas de juros no Brasil hoje não representariam um risco de asfixiamento do crescimento econômico do País. Segundo ele, outro fator determinante para o país baixar as taxas de juros é reduzir a percepção de risco-país, a qual está refletida na diferença entre os juros pagos pelos títulos da dívida externa brasileira e os títulos do Tesouro norte-americano. Quanto maior essa diferença, menor é a confiança dos investidores estrangeiros na capacidade de pagamento da dívida do país. "Quanto mais o governo conseguir reduzir a percepção de risco, mais facilmente poderá reduzir os juros. E essa percepção de risco inclui temores de reestruturação da dívida ou algum problema com o governo, entre outros fatores", disse. Para a retomada do crescimento, Taylor disse que, além das taxas de juros, é importante para o setor empresarial a eliminação de obstáculos em termos de ambiente regulatório, o que é um fator de incentivo aos investimentos.

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