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Tecnologia brasileira ajudará China a economizar energia

Com um investimento de US$ 65 milhões, a fábrica deve produzir 4,5 milhões compressores para geladeiras e aparelhos de ar condicionado por ano

Por Agencia Estado
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A Empresa Brasileira de Compressores (Embraco) inaugurou nesta terça-feira uma fábrica em Pequim, na China, onde produzirá compressores para geladeiras e aparelhos de ar condicionado - que podem economizar até 60% de energia. A produção esperada é de 4,5 milhões unidades por ano para atender à demanda dos países asiáticos, especialmente da China Com um investimento de US$ 65 milhões, a fábrica é fruto da cooperação entre a empresa brasileira - líder no setor - e a chinesa Snowflakes, depois que as duas formaram a primeira empresa industrial mista chino-brasileira em 1995, informou o presidente da Embraco, Ernesto Heinzelmann. "Estamos na China há 11 anos e é uma aprendizagem constante. Há grandes diferenças com o ocidente, mas as coisas avançam da forma adequada, inclusive em relação às regras do comércio internacional", disse. "Nosso próximo objetivo é duplicar a produção", afirmou o executivo, reconhecendo que a proteção dos direitos de propriedade intelectual continua sendo uma das principais preocupações das empresas na China. Equipe Com uma equipe de 1.500 funcionários, a fábrica cumpre uma das principais exigências de Pequim para admitir investimentos estrangeiros: dar emprego aos chineses. "No Brasil, tudo está muito mais automatizado. Para fazer um compressor é preciso 40 operários, enquanto aqui, na China, são necessários cerca de 75", disse um dos funcionários da Embraco enviado à China para treinar os colegas. O País é o maior parceiro comercial da China na América Latina, com um volume de trocas avaliado em US$ 14,817 bilhões em 2004, segundo números oficiais chineses. Embora esteja com a balança comercial favorável, a situação do Brasil em relação ao país asiático pode se inverter nos próximos anos, já que as exportações chinesas aumentam em ritmo muito maior que o das importações, 31,4% contra 15,2%.

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