
13 de julho de 2013 | 02h10
Para a Telefonica, por exemplo, a relação PDD sobre receita bruta subiu de 1,1% no quarto trimestre de 2012 para 1,6% no primeiro trimestre deste ano. Na Oi, esse número passou de 1,3% para 1,9% e na TIM, essa relação aumentou de 0,7% para 1%.
"Isso levou a mudanças na política de crédito de algumas operadoras: elas ficaram mais restritivas e causaram uma desaceleração momentânea em alguns serviços. Em função dessas medidas, não sei precisar ainda se haverá uma melhora nesse indicador no segundo trimestre, ou se continuará em trajetória de alta", explicou Renato Pasquini.
Dados mais recentes do Banco Central mostram que a inadimplência das pessoas físicas ficou em 7,5% em maio, enquanto que essa taxa foi de 6,3% nas operações de financiamento para aquisição de veículos e de 9,7% para outros bens.
Por outro lado, o endividamento passou de 18,4% em fevereiro de 2005 para 44,2% em abril de 2013 e, no mesmo período, o comprometimento de renda mensal com serviço da dívida passou de 15,3% para 23%.
"Além da inflação, que está afetando o poder real de compra dos consumidores, outros fatores como a maior alavancagem das famílias, ou seja, maior nível de comprometimento das rendas com dívidas (principalmente de automóveis e imóveis), além do clima de maior incerteza política e econômica pós protestos em massa no País (que pioram a confiança do consumidor) também são fatores que devem afetar o consumo no segundo trimestre deste ano", explica o estrategista de renda variável do banco HSBC, Carlos Nunes.
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