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Telefonia é campeã em reclamações no Procon

Ligações e pulsos não reconhecidos pelo consumidor são as principais reclamações que o Procon-SP recebe diariamente no setor de telefonia. O segmento fechou o ano passado como primeiro no ranking de reclamações da instituição.

Por Agencia Estado
Atualização:

Apesar das metas de qualidade da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o setor de telefonia ainda continua em primeiro no ranking de reclamações da Fundação Procon-SP - órgão de defesa do consumidor ligado ao governo estadual, não cumprindo as metas da AgênciA. No ano passado, o Procon-SP ouviu 34.367 consultas e 6.780 reclamações relativas ao sistema de telefonia. Desse número, 12.540 consumidores tinham dúvidas e 2.362 reclamaram da cobrança, orçamento ou reajuste das tarifas telefônicas. Esses números correspondem a 14,47% do total de reclamações e 41,80% das consultas na área de serviços do órgão de defesa do consumidor. Segundo Márcia Cristina de Almeida Oliveira, técnica da área de serviços do Procon-SP, o número das reclamações caiu em relação mesmo período de 1999, primeiro ano de sistema já privatizado. Mas, o resultado ainda demonstra um índice alto de insatisfação dos consumidores, principalmente em relação à qualidade do serviço oferecido. A técnica do Procon-SP ressalta que em 2000 houve um aumento do número pessoas que reclamam de ligações cobradas que não foram feitas, principalmente de chamadas internacionais e ligações para telessexo. "As ocorrências de ligações e pulsos não reconhecidos estão provocando um grande número de consultas e reclamações no Procon", afirma. Márcia Cristina explica que os problemas decorrem de defeitos nas redes das empresas e de erros nos cadastros da Embratel. "Se a pessoa muda de telefone ou endereço e não altera seu cadastro, pode haver confusão na cobrança. O consumidor pode acabar recebendo pulsos e chamadas que não fez", comenta. Após a privatização do setor, o único serviço que realmente melhorou, segundo a técnica do Procon-SP, foi a instalação de linhas telefônicas. "As empresas estão cumprindo e os prazos de instalação e as reclamações caíram bastante no ano passado", afirma.

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