A Telefônica não vê problemas na análise da compra da GVT pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e espera, inclusive, que o negócio seja aprovado em 45 dias - prazo previsto para o encerramento da oferta pública voluntária para aquisição de até 100% das ações da GVT. A aprovação pela Anatel é uma das condições para a transação. "É possível que o negócio seja aprovado pela Anatel em um prazo inferior a 45 dias", afirmou nesta quarta-feira, 6, o vice-presidente de Finanças da Telefônica, Gilmar Camurra.
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Limitadas sobreposições geográficas nas operações de GVT e Telefônica (a primeira tem negócios centralizados na região Centro-Oeste e Sul do País - área de concessão da Brasil Telecom -, enquanto a segunda atua apenas em São Paulo na telefonia fixa) e a complementaridade dos negócios são apontados pela companhia como justificativas para o seu posicionamento otimista quanto à aprovação da Anatel.
Além disso, os últimos movimentos de consolidação no setor, com a união das operações entre Brasil Telecom e Telemar, também sugeriria que a Anatel apoia a criação de competidores mais fortes no mercado brasileiro de telecomunicações.
Durante teleconferência com analistas estrangeiros realizada para comentar a oferta pela GVT, Camurra afirmou que a compra da GVT não precisa ser aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).