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Telefônica lança provedor de Internet gratuita

Começa em São Carlos, no domingo, projeto-piloto do iTelefônica, provedor gratuito de acesso à Internet da Telefônica.

Por Agencia Estado
Atualização:

A Telefônica anunciou ontem uma iniciativa para manter o tráfego de Internet em sua rede, enquanto as grandes concorrentes de telefonia fixa não chegam a São Paulo. A Telefônica Assist começará a oferecer, a partir de domingo, acesso grátis na região de São Carlos (SP). O nome do provedor será iTelefônica. A operadora fixa oferecerá, na região, 15% de desconto nos pulsos consumidos pelo acesso à internet para os clientes dos provedores que usarem sua infra-estrutura e planeja testar também tarifa plana para o acesso, em que o cliente pagará um valor fixo - entre R$ 15 e R$ 25 - por todo o tempo em que navegar na rede durante o mês. Os planos alternativos devem ser estendidos a todo o Estado em três meses. O diretor-geral da Telefônica São Paulo, Manoel Amorim, classifica o projeto-piloto como um movimento defensivo. "Temos muitas dúvidas em relação ao modelo de Internet grátis", afirma o executivo, acrescentando que se a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) não mudar as regras de interconexão, a Telefônica poderá estender, no começo do ano que vem, o serviço a todo o Estado e até nacionalmente. "O objetivo não é pressionar a Anatel, mas proteger a Telefônica de uma regra que achamos inadequada." Os grandes provedores de Internet grátis estão ligados a concorrentes da Telefônica: o iG à Telemar e o iBest à Brasil Telecom. Em São Paulo, se o iG deixasse de usar a infra-estrutura da Telefônica, a operadora teria de pagar cerca de R$ 100 milhões anuais em interconexão à concorrente que hospedasse o iG, segundo estimativa da Associação Brasileira dos Provedores de Acesso, Serviços e Informações da Rede Internet (Abranet). "Se resolverem mudar, lançamos o iTelefônica no Estado inteiro, para conquistar 50% do tráfego de Internet grátis", diz Amorim. Pelas regras atuais de interconexão, se provedor e cliente estiverem em operadoras diferentes, a que presta serviço ao cliente precisa pagar pelo uso da rede da que atende o provedor.

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