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Telemar é recomendação de compra no longo prazo

As ações da Telemar são uma das maiores recomendações dos analistas de mercado. Algumas das vantagens está no cumprimento das metas da Anatel e na capacidade não sofrer grandes impactos decorrentes da crise energética.

Por Agencia Estado
Atualização:

Companhia brasileira com mais ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), em que tem 11,7% de participação, e na New York Stock Exchange (Nyse), a bolsa de Nova York, a Tele Norte Leste Participações S.A. (Telemar) divide a posição de preferida dos analistas com a Petrobrás. Além de ser um papel disputado, a Telemar é sempre indicação de compra dos especialistas aos investidores. Uma das vantagens da empresa é a conclusão das metas estabelecidas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para este ano já em abril e a antecipação daquelas previstas para 2003; na expansão rápida da rede; no fato de ter 93% de serviços digitalizados e na capacidade para passar pela crise energética sem sofrer estragos significativos. "Temos geradores próprios em 70% da rede para atender os consumidores em caso de apagão. Para o restante temos baterias com carga de oito horas", diz o presidente da Telemar, Manoel Horácio da Silva. "Um dos problemas da Telemar é o programa agressivo de investimentos para este ano somado ao de PCS (telefonia móvel), que totalizam R$ 8,4 bilhões. Esse programa poderia ser reduzido sem afetar a expansão", afirma a analista da corretora ABN AMRO, Mirela Rappaport. Segundo ela, se conseguir a aprovação da Anatel, a Telemar vai economizar R$ 700 milhões (sistema e equipamentos) e atingir a meta de colocar uma linha telefônica a cada duas semanas. Analistas recomendam compra Embora esteja revendo o preço-alvo do papel por causa da situação macroeconômica e da alta do preço do dólar, Mirela recomenda a compra da ação, porque acredita que está barata. "É uma empresa de performance operacional sólida, fez seu dever de casa e tem retorno a oferecer aos investidores minoritários." O analista da corretora Novação, Felipe Laier, também indica a compra para o longo prazo. Segundo ele, em boa parte por cauda do resultado considerado bom para o primeiro trimestre do ano, mas também pelo fato de ser a maior empresa de telefonia fixa local. "Seu ponto frágil é fazer parte de um setor volátil que envolve novas tecnologias, mas tem baixo risco e potencial significativo de crescimento, embora deva continuar sofrendo os efeitos da crise econômica doméstica e a da Argentina", estima. Laier acredita que o preço alvo da ação preferencial (PN, sem direito a voto) da empresa em 12 meses seja de R$ 50,00. Na sexta-feira, o papel fechou cotado a R$ 36,58. Já o chefe da área de Análise do Banco Pactual, Ricardo Kobayashi, projeta uma cotação a R$ 68,00. Para Kobayashi, a Brasil Telecom (concorrente mais séria da Telemar) acaba não tendo a mesma atração e é um investimento menos óbvio por causa da disputa de controle entre seus acionistas. "Além disso, a Telemar tem dívida pequena, possibilidade de se diversificar melhor como empresa de telecomunicações e participar de uma concorrência que não a impeça de ter ganhos." O analista da Planner Corretora de Valores, Mauro Mazzaro lembra que a ação deverá sofrer com a volatilidade da bolsa por ser o papel mais negociado, mas aposta fichas na sua perspectiva de crescimento. "A Telemar vai entrar na telefonia móvel (celular), com contaminação no balanço no começo, mas tende a crescer e recuperar depois", prevê.

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