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Teles: ritmo de crescimento será menor

Por Agencia Estado
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Os analistas de mercado acreditam que 2001 vai ser o ano da consolidação dos esforços das companhias telefônicas celulares em aumentar lucratividade e melhorar margens. Nas perspectivas dos especialistas, as empresas vão apresentar crescimento de receita, com expansão na base de clientes, mas em ritmos inferiores aos que vinham sendo verificados. Já a rentabilidade tende a aumentar de forma mais substancial. Jair Santiago, analista do banco Brascan, ressaltou que o aumento dos usuários será feito principalmente na rede de pré-pagos. Para ele, o crescimento de pós-pagos será pequeno, pois as classes que utilizam este sistema já foram atendidas. Para o analista Alexandre Constantini, a elevação das margens virá mesmo com a previsão de crescimento fundamentada em um segmento de mercado que tradicionalmente gera uma receita média menor. Segundo ele, as empresas vão se concentrar no aumento do tráfego no pré-pago, para elevar o faturamento médio com esse formato, e a expansão da base de clientes sem o uso de subsídios. Um fator que deve motivar esse desempenho, de acordo com os analistas, é o fato de ter sido adiada a entrada de um novo concorrente no mercado celular, com o fracasso do leilão da banda C. "As empresas estavam esperando um novo concorrente para o meio do ano e ganharam um tempo maior", ressaltou Alexandre Constantini. Os resultados apresentados pelas empresas no ano passado levaram o analista Felipe Zaghen a acreditar que o cenário para o segmento de telefonia celular não é tão catastrófico como vinha sendo pregado pelo mercado. Ele afirmou que as empresas estão bem preparadas para um cenário competitivo. Entre elas, destacou aquelas que possuem grandes operadoras dando suporte, como Portugal Telecom e Telecom Italia.

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