PUBLICIDADE

Publicidade

Telesp Celular: ações perderão negociabilidade

Segundo a controladora da Telesp Celular, Portugal Telecom, os investidores que não aderirem à oferta feita pelas ações da empresa em circulação no mercado terão papéis com baixa negociabilidade.

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da Portugal Telecom, Francisco Murteira Nabo, reconhece que os acionistas que não aderirem à oferta feita pelas ações da Telesp Celular em circulação no mercado ficarão com papéis de baixa negociabilidade em mãos. A operação, que ainda está sujeita à aprovação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), do Banco Central do Brasil e da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), consistirá na troca dos papéis da operadora móvel brasileira por Brazilian Depositary Receipts (BDRs) - recibos através dos quais ações da companhia portuguesa são negociados na Bovespa. (saiba mais no link abaixo) Segundo Nabo, faz todo sentido que os brasileiros detenham BDRs, e não ações da Telesp Celular, uma vez que a Portugal Telecom é um grupo "luso-brasileiro", com 56% dos seus ativos no País. Se a oferta da empresa tiver adesão de 100%, a Portugal Telecom passa a deter 58% da joint venture fechada com a Telefónica, que reúne os ativos brasileiros de telefonia celular dos dois grupos. Hoje a Portugal Telecom detém 36% da união, contra 64% da empresa espanhola. Nabo explicou que o objetivo das partes é manter sempre a paridade de 50% para cada uma. Para equalizar essas participações, ele afirmou que a Telefónica poderá fazer um aporte de capital ou os porcentuais poderão ser equilibrados a partir de novas aquisições que venham a ser feitas no Brasil. Oferta precisa da adesão de 67% O presidente da Portugal Telecom, explicou que a operação de troca de ações da Telesp Celular por BDRs da empresa portuguesa tem de obter um mínimo de adesão de 67% dos papéis em mercado - conforme as normas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Caso isso não aconteça, a alternativa, segundo o executivo, seria uma oferta até o limite de um terço. Nabo afirma, no entanto, que a segunda hipótese é pouco provável, pois a expectativa é que a adesão gire em torno de 85% a 90% - média alcançada pela Telefónica em operação semelhante com a Telesp. "Acredito que 100% é pouco provável", disse. A adesão de 100% equivaleria a aumento de capital de 21% da Portugal Telecom. A operação representa R$ 5,6 bilhões. Se for atingida a adesão mínima de 67%, o aumento de capital da Portugal Telecom fica em 14,1%, atingindo US$ 1,9 bilhão. Com a adesão mínima, a Portugal Telecom passaria a deter 80% do capital total da Telesp Celular - hoje a participação é de 41,2%.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.