BRASÍLIA - O presidente Michel Temer comemorou em sua conta do Twitter o que está considerando "o fim da recessão", depois que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira, 01, mostrou que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 1,0% no primeiro trimestre deste ano em relação ao quarto trimestre de 2016, interrompendo um ciclo de oito quedas trimestrais consecutivas.
O Palácio do Planalto aposta na recuperação da economia para vencer a batalha política diária que enfrenta, depois da divulgação da delação premiada do empresário da JBS, Joesley Batista, há duas semanas, que atinge diretamente o presidente. A maior preocupação de Temer, no curto prazo, é com a votação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que começa dia 6 junho, terça-feira da semana que vem, e que poderá selar seu destino à frente da Presidência da República, já que julgará o pedido de cassação da chapa que formou com Dilma Rousseff em 2014 pela reeleição.
Na última terça-feira, 30, Temer discursou para uma plateia de empresários em São Paulo, na abertura do Fórum de Investimentos Brasil 2017, evento que reuniu investidores de mais de 42 países e de 22 setores da economia. Na ocasião, Temer procurou mostrar otimismo, já avisando que o País saiu da recessão, apesar de ainda ter pela frente "muitos desafios". No mesmo encontro, o presidente se mostrou confiante em permanecer no governo até o fim de 2018.
Quem também comemorou o resultado foi o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que, em nota, classificou o dia como "histórico". "Depois de dois anos, o Brasil saiu da pior recessão do século", afirmou.
"Neste período, milhões de brasileiros perderam seus empregos, milhares de empresas quebraram e o Estado caminhou para a insolvência. O Brasil perdeu a confiança dos investidores e a confiança em si mesmo", lembrou Meirelles.
Segundo ele, o forte crescimento da economia neste início de ano é uma comprovação de que este processo já mudou. "Ainda há um caminho a ser percorrido para alcançarmos a plena recuperação econômica, mas estamos na direção correta", completou o ministro.