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Temer sanciona lei que cria duplicata eletrônica

Produto é um título usado pelas empresas para obter crédito junto aos bancos, sobretudo capital de giro

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Por Julia Lindner e Tania Monteiro
Atualização:

BRASÍLIA - O presidente Michel Temer sancionou, nesta quinta-feira, o projeto de lei que regulamenta a duplicata eletrônica. A proposta é tida uma das principais ações do Banco Central (BC) para modernizar o crédito.

O projeto moderniza o lançamento desse comprovante de crédito, gerado pela venda de mercadorias ou prestação de serviços. A duplicata eletrônica é um título usado pelas empresas para obter crédito junto aos bancos, sobretudo capital de giro.

Ação do BC quer modernizar o crédito Foto: André Dusek|Estadão

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Na prática, uma empresa que vendeu um bem ou prestou um serviço pode emitir a duplicata e entregá-la ao banco, antecipando o recebimento do pagamento. Dados do BC mostram que o estoque de crédito ligado ao desconto de duplicatas está próximo de R$ 60 bilhões.

O texto aprovado pelo Congresso estabelece que as informações das duplicatas deverão ser obrigatoriamente registradas em um sistema eletrônico. Entidades autorizadas pelo BC serão responsáveis pelo registro nacional. A duplicata em papel, no entanto, não será extinta.

As entidades deverão guardar os títulos, controlar os documentos, formalizar provas de pagamento e fazer a transferência de titularidade. Hoje essas informações ficam dispersas. Caberá ao Conselho Monetário Nacional fixar as diretrizes para escrituração das duplicatas eletrônicas. 

Tramitação

A proposta foi alvo de idas e vindas no Congresso. Em outubro, o Senado teve que reabrir a votação, mesmo após a medida ter sido aprovada, devido a um parecer contrário na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). 

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O texto havia sido aprovado por meio de uma emenda de redação, mas teria caráter de mérito. Em razão disso, foi submetido ao Plenário novamente e aprovado, mais uma vez.

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