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Temor sobre crescimento derruba mercados da Ásia

Resultados colocaram fim à uma seqüência de quatro dias de recuperação nas bolsas do continente

Por KEVIN PLUMBERG
Atualização:

As principais bolsas da Ásia fecharam em forte queda nesta sexta-feira, 25, dando fim à uma seqüência de quatro dias de recuperação, depois que fracos dados sobre o mercado imobiliário e de trabalho nos Estados Unidos, além de volatilidade no setor financeiro, mais uma vez relembraram os investidores do frágil estado da economia global. Veja também:Após Copom, Bovespa cai para menor nível em 6 meses Às 8h06 (horário de Brasília), o índice MSCI que reúne mercados da região Ásia-Pacífico exceto Japão apresentava desvalorização de 2,6%, aos 421 pontos, próximo ao fim dos negócios. Na véspera, o indicador tinha atingido seu maior patamar em três semanas. No ano, o índice acumula queda de 20%. O índice Nikkei da bolsa de Tóquio fechou com queda de 1,97%, para 13.334 pontos. Já o petróleo subia ante o nível mais baixo em sete semanas, para cerca de US$ 125,95 o barril . O índice Hang Seng da bolsa de Hong Kong recuou 1,5%, aos 22.740 pontos. A China Shenhua Energy perdeu 6,3% e teve a pior desvalorização no índice depois que Pequim anunciou um controle de preço mais rígido em carvão usado por usinas de energia. A bolsa de Seul fechou com baixa de 1,73%, em 1.597 pontos, pressionada pela Samsung Electronics, que divulgou um aumento menor que o esperado no lucro trimestral. Um executivo da empresa afirmou que é improvável que haja uma recuperação no terceiro trimestre.  Já a bolsa de Sydney despencou 3,37%, em 4.970 pontos, derrubada pelas ações do National Australia Bank, que despencou 13,5%, depois de contabilizar US$ 798 milhões em perdas adicionais por exposição a empréstimos de difícil recuperação nos Estados Unidos. Xangai caiu 1,55%, Taiwan se desvalorizou em 1,82% e Cingapura recuou 1,85%. Notícias no overnight fomentarem temores de que a zona do euro, Grã-Bretanha, Japão e Estados Unidos estão entrando em recessão. A confiança do consumidor na Alemanha sofreu a maior queda desde 2001, enquanto a venda de moradias existentes nos Estados Unidos foi a menor em uma década. "Com a contínua desaceleração na economia global, economias asiáticas dependentes das exportações em geral caminham para uma crescimento menor", afirmou Thomas Lam, economista sênior de Treasury no United Overseas Bank, em Cingapura. "O deslize negativo das grandes economias sobre o crescimento asiático tende a ocorrer com atraso", afirmou Lam, acrescentando que o fraco crescimento nos Estados Unidos no fim do ano passado está sendo sentido só agora. A Canon apresentou a segunda maior queda no Japão, perdendo cerca de 5% depois que a empresa apresentou na quinta-feira um recuo de 12% no lucro trimestral.

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