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Temos mais 10 dias para ver quem vota a favor e contra a Previdência, diz Temer

O presidente lembrouque as modificações do projeto original irão redundar numa economia menor, passando de R$ 800 bilhões para R$ 500 bilhões, ou R$ 50 bilhões por ano

Foto do author Francisco Carlos de Assis
Por Marcelo Osakabe e Francisco Carlos de Assis (Broadcast)
Atualização:

O presidente Michel Temer fez mais um apelo nesta sexta-feira, 8, para que empresários e executivos trabalhem pela aprovação da reforma da Previdência. "Temos mais dez dias para ver quem vota contra e a favor", afirmou o presidente, que discursou durante o almoço anual da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), a segunda agenda com empresários do dia. Segundo a previsão do Planalto, a PEC da Previdência irá à votação na Câmara dos Deputados no dia 18 ou 19 de dezembro.

Em discurso nesta sexta-feira, Temer disse que seu governo foi firmado sobre três pilares: o diálogo, a responsabilidade fiscal e a responsabilidade social. Foto: Tiago Queiroz/Estadão

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"Muitos apoiam a reforma previdenciária, mas quero pedir ação. Peço aos senhores para se mobilizarem. Incentivo vocês a ligar para os deputados nesta semana, organizar uma força-tarefa e ir lá no Congresso", disse Temer. "Contem comigo, quero contar com vocês."

No encontro, onde também foi assinada uma Medida Provisória (MP) que beneficia as empresas do setor, o presidente tratou de contestar o que considerou como "mentiras" propagadas pelas redes sociais.

"Ninguém vai perder aposentadoria ou se aposentar depois dos 90 anos. A reforma não pega também os funcionários públicos que ganham até R$ 5,3 mil, que é o teto do INSS. Apenas aqueles que ganham acima precisarão fazer plano complementar", rebateu, acrescentando também que os trabalhadores rurais, idosos que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e os deficientes também foram excluídos da atual proposta.

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Temer lembrou ainda que as modificações do projeto original irão redundar numa economia menor, passando de R$ 800 bilhões para R$ 500 bilhões, ou R$ 50 bilhões por ano.

No entanto, prosseguiu, a não aprovação da reforma neste momento significa que daqui a alguns anos o País terá que passar por uma reforma mais radical, como as feitas em países como a Grécia e Portugal, que incluíam o corte de 20% dos salários dos servidores e das pensões. 

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Mais reformas. Em discurso netsa sexta-feira, Temer disse que seu governo foi firmado sobre três pilares: o diálogo, a responsabilidade fiscal e a responsabilidade social.

"É o que estamos fazendo ao longo do tempo. Quando falamos em geração de empregos estamos falando de responsabilidade social. Quando liberamos os recursos do FGTS, injetando mais de R$ 40 bilhões na economia, foi responsabilidade social", disse Temer, acrescentando que vai ser injetado algo como R$ 16 bilhões na economia agora em dezembro com a liberação de recursos do PIS/Pasep para as pessoas com idade superior a 60 anos.

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O presidente voltou a citar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que regulamentou o teto dos gastos, dando veracidade ao pilar da responsabilidade fiscal no seu governo. Ele também citou a reforma do Ensino Médio, feita na sua gestão após mais de 20 anos de tramitação de projetos correlatos no Congresso sem que se chegasse a um final. 

"Fizemos a reforma por meio de Medida Provisória porque durante vinte anos tramitaram projetos no Congresso sem que se chegasse a um final", disse.

De acordo com o presidente, quando se faz uma medida do tamanho da que resultou na reforma do Ensino Médio sempre há muita resistência.

"Mas hoje o Mendonça Filho ministro da Educação me disse que 90% do pessoal da Educação aplaude a reforma do Ensino Médio", disse. Acrescentou que a aprovação hoje do setor à reforma educacional se dá porque, ao contrário do que diziam, que a Educação ia morrer, o governo federal liberou R$ 10 bilhões para a área.

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Temer voltou a falar sobre a recuperação da Petrobras e da valorização das ações da petrolífera na bolsa de valores.

"Há dois anos, dois anos e meio, a palavra Petrobras era tida como um palavrão por conta dos equívocos lá praticados", disse, citando ainda a modernização da Lei Trabalhista. 

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