Publicidade

Tempestade Edouard afeta operações de petróleo nos EUA

Por ERWIN SEBA
Atualização:

A tempestade tropical Edouard forçou na parte norte-americana do Golfo do México a interrupção das atividades de um terminal petroleiro e de uma refinaria, afetou a produção de petróleo e interrompeu o tráfego de navios, conforme avançava sobre o litoral do Texas e da Louisiana na segunda-feira. Empresas de energia retiraram os funcionários de plataformas marítimas por conta da tempestade Edouard, segunda da temporada a ameaçar as operações petroleiras no Golfo. A Apache suspendeu uma pequena parte da produção. A Marathon paralisou as atividades em uma refinaria no Texas e a Valero Energy Corp emitiu um alerta para as unidades da companhia na região após a tempestade ter interrompido o tráfego de navios no Canal de Houston e no Canal de Sabine.[nN04419294] "Começamos uma interrupção ordenada das atividades para nos prepararmos para a tempestade", afirmou a porta-voz da Marathon, Angela Graves. Com ventos de 85 quilômetros por hora, a tempestade Edouard varreu o norte do Golfo do México a aproximadamente 135 quilômetros de Grand Isle, Louisiana, e pode atingir a região litorânea do Texas e de Louisiana. De acordo com o NHC, agência norte-americana que monitora as tempestades, há uma chance de 20 por cento de Edouard se transformar em um ciclone quando chegar ao continente. O Golfo do México é responsável por cerca de 25 por cento da produção de petróleo dos EUA e por 15 por cento da produção de gás natural. As refinarias da região fabricam um quarto da gasolina consumida nos EUA. O terminal de petróleo de Louisiana suspendeu o descarregamento de navios no Golfo do México por conta de ventos fortes e de ondas altas. Apesar disso, a unidade de armazenagem continuava fornecendo petróleo para as refinarias, segundo uma porta-voz. A Apache interrompeu a produção diária de 8.600 barris de petróleo e de 130 milhões de metros cúbicos de gás após retirar 110 funcionários de suas unidades em Louisiana. A Chevron Corp. e a Shell Oil afirmaram que removeriam alguns funcionários das plataformas como medida de precaução, mas acrescentaram que a produção de petróleo e de gás natural não foi afetada. Outras companhias petroleiras, incluindo a Exxon Mobil, a El Paso, a Citgo e a ConocoPhillips, afirmaram que acompanhavam o progresso da tempestade. Procurada no Brasil, a Petrobras ainda não tinha informação sobre o assunto. (Por Erwin Seba, Chris Baltimore, Haitham Haddadin, Richard Valdmanis e Robert Campbell)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.