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Tendência teve início na década de 1970

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Por Redação
Atualização:

Em retrospecto, a "uberização" da economia começou inocentemente em fins dos anos 1970.David Weil, que dirige a Wage and Hour Division do Departamento do Trabalho dos Estados Unidos, descreve em seu livro recente, The Fissured Workplace (O lugar de trabalho partido, em tradução livre), como investidores e gurus de administração começaram a insistir para as empresas se enxugarem e se concentrarem no que veio a ser conhecido como suas "competências centrais", em como desenvolver novos bens e serviços e comercializá-los.Unidades de negócios distantes do centro foram vendidas. Muitas outras atividades - a começar por recursos humanos e se espalhando em seguida para serviços ao consumidor e tecnologia da informação - poderiam ser terceirizadas. A sede corporativa coordenaria os trabalhadores terceirizados e monitoraria seu desempenho.O custo era inquestionavelmente uma vantagem da nova abordagem: os trabalhadores eram tipicamente mais baratos quando estavam fora da folha de pagamentos da corporação do que dentro dela, e o arranjo permitia que uma companhia contratasse pessoal conforme a necessidade em vez de empregar as totalidade dos trabalhadores em tempo integral.Mas a simples redução de custos não era a principal motivação. A verdadeira vantagem era capacitar a organização a se concentrar no que ela fazia de melhor em vez de se distrair com tarefas para as quais tinha pouca expertise e não eram especificamente lucrativas.Desde o início dos anos 1990, quando a tecnologia facilitou muito para companhias terceirizarem o trabalho, essa tendência evoluiu muito mais do que se imaginava: as companhias começaram a se ver como fatias finas como o Uber entre consumidores, de um lado, e suas forças de trabalho, do outro.Passado. "No passado, as empresas contratavam em excesso e ofereciam horários estáveis aos trabalhadores", disse Susan N. Houseman, uma economista especializada em trabalho no W. E. Upjohn Institute for Employment Research. "Todos esses novos modelos de contratação de pessoal significam deslocar o risco para os trabalhadores, tornando o trabalho menos garantido." / N.S.

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