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Tensão global faz Bovespa voltar à faixa de 54 mil pontos

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Por Redação
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As persistentes preocupações com a economia norte-americana e perdas de bancos ao redor do mundo com a crise imobiliária fazem a Bovespa despencar perto de 6 por cento nesta segunda-feira de feriado nos Estados Unidos. Às 11h41, o Ibovespa perdia 5,68 por cento e voltava à faixa de 54 mil pontos. O volume de negócios na bolsa era de 616 milhões de reais. "O mercado está absorvendo o noticiário do final de semana. Desde sexta-feira os investidores esperavam explicações do presidente Bush sobre o pacote de estímulo à economia, mas a incerteza continuou", afirmou Luiz Roberto Monteiro, assessor de investimentos da corretora Souza Barros. "Tem notícias de que as perdas estão chegando a bancos na China, que vão ter que fazer marcação a mercado. Na Europa também tem comentários de mais prejuízos de bancos. E aqui, internamente, tem desmonte de carteiras." Na Europa, o índice que reúne as principais ações perdia 4,3 por cento. Na Ásia, as bolsas de valores fecharam com queda expressiva. Na sexta-feira, o presidente norte-americano, George W. Bush, propôs um pacote equivalente a 1 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) para evitar que a economia entre em recessão. O anúncio, no entanto, não foi acompanhado de detalhes e o plano depende de aprovação do Congresso. Também contribuía para o tombo da bolsa paulista o desempenho ruim da Vale. Jornais publicaram que a mineradora está se preparando para fazer uma oferta de compra pela anglo-suíça Xstrata. O negócio poderia atingir 90 bilhões de dólares, segundo O Estado de São Paulo e Valor Econômico. As ações preferenciais da Vale despencavam 6,7 por cento, a 43,75 reais. A Petrobras, que lidera com a Vale a liquidez na bolsa, também caía fortemente, 6,6 por cento, a 67,10 reais. Na Bovespa, o dia também é de exercício de opções. Mas, segundo Monteiro, "a grande maioria das opções vai 'virar pó' diante do cenário negativo". (Por Daniela Machado)

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