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Ter rede de apoio é a dica para empreendedoras

Ser persistente, fomentar o networking e acreditar no seu potencial são recomendações de mulheres que são donas do próprio negócio há quase duas décadas

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Por Aladas
2 min de leitura
*Fonte: Estudo Empreendedorismo Feminino no Brasil, da Unidade de Gestão Estratégica (UGE) e da Unidade de Cultura Empreendedora (UCE) do Sebrae Nacional, dados do 3º trimestre de 2020. 

Quais são os desafios que as empreendedoras brasileiras encontram em sua trajetória e, principalmente, como superá-los foram os temas do painel ‘Impulsionando o Voo Delas’, o segundo da programação do Diálogos Estadão Think: Mulheres que Sonham, Realizam e Inspiram. Ele contou com a participação de Camila Salek, fundadora da Vimer, agência de merchandising criativo que atua há 15 anos no mercado, e de Daniela Graicar, criadora da agência de relações públicas PROS, fundada em 1999, e do Movimento Aladas, uma rede feminina de apoio. Com mediação da jornalista Mônica Salgado, a conversa destacou momentos da carreira dessas empreendedoras que, segundo elas, são situações vividas pela maior parte das mulheres que decidem atuar por conta própria. “O ambiente de negócios entre gêneros não é igual: dedicamos mais tempo aos afazeres da casa, temos dificuldade em negociar capital e quando pegamos empréstimos, em geral, pagamos juros mais altos. Um percentual enorme de mulheres desiste sem nem ao menos tentar”, diz Graicar. Ela, que começou a empreender aos 19 anos, afirma que, embora o cenário seja difícil, vale a pena. “É muito gratificante ver sua ideia tomando vida, provar que somos capazes. E o que antes te tirava o sono, com o tempo passa a ser normal, pois vamos nos fortalecendo”, afirmou.

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Ao analisar sua trajetória, Salek comentou que, se pudesse mudar algo, teria se aconselhado mais com outras pessoas. “Hoje eu tenho uma rede de mentoria, mas demorei muito; no começo eu era sozinha. E para empreender você tem que aprender sobre muitas frentes. Não basta ser excelente no seu trabalho: tem que saber de gestão, de pessoas, de finanças, de jurídico. Até você poder contratar especialistas, é preciso estudar para tomar as decisões. E nesse sentido ser mais aberta poderia ter me ajudado”, disse. Graicar também destacou a importância de uma rede de apoio, motivo pelo qual criou a Movimento Aladas, plataforma que oferece cursos digitais gratuitos para mulheres. E completou dizendo que é fundamental que as empreendedoras encarem o networking como uma ferramenta de trabalho. “Não estou falando de uma lista de contatos no celular. É muito mais que isso: são pessoas que você sabe que vão te ajudar. Diz respeito a acesso e disponibilidade, uma relação recíproca. Leva tempo, mas encurta demais as etapas, por isso precisamos cultivar. Se não dá para fazer à noite, porque queremos ficar com os filhos e o marido, temos que fazer durante nossa jornada de trabalho”, aconselhou. Entre as redes citadas por ela estão, além do Movimento Aladas, ABStartups, Mulheres ao Cubo e Mulheres do Brasil.

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Para quem está se aventurando nessa jornada do empreendedorismo no Brasil, as duas empresárias sugeriram manter a mente aberta para o novo e sempre buscar atualização com cursos. “A pandemia acabou trazendo uma janela de reflexão para todos e mostrando a importância de ter pessoas generalistas na liderança, capazes de ter uma visão ampla do negócio. Essa é, reconhecidamente, uma característica feminina”, afirmou a fundadora da Vimer. “Nunca vamos achar que estamos totalmente prontas, mas acredite, estamos. Fazer é o lema e, se você errar, sempre haverá oportunidade de consertar. O importante é seguir em frente”, finalizou Graicar.

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