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Terceiro recorde seguido faz Bovespa passar 70 mil pontos

Por ALUÍSIO ALVES
Atualização:

A proliferação de perspectivas animadoras sobre os efeitos do investment grade para o Brasil deu fôlego adicional para a Bolsa de Valores de São Paulo, que atingiu nova pontuação máxima pela terceira vez seguida nesta segunda-feira. Mesmo depois de duas sessões de forte alta e com a influência negativa de Wall Street, o Ibovespa manteve-se firme, encerrando o dia em 70.174 pontos, com elevação de 1,17 por cento. O giro financeiro foi de 7,1 bilhões de reais. O mote para manter os investidores na ponta compradora foram relatórios de grandes bancos divulgados nesta segunda-feira, como UBS e Citi, reforçando suas projeções de bom desempenho para o índice. O primeiro manteve a estimativa de que o Ibovespa chegará a 85 mil pontos em dezembro. O outro elevou a aposta, de 67 mil para 74 mil pontos, no final do ano. Segundo profissionais do mercado, após a euforia que se sucedeu à elevação do rating soberano do país pela agência Standard & Poor's, na última quarta-feira, investidores passaram para uma análise mais profunda sobre quais as companhias serão mais beneficiadas com a mudança. "As compras de ações passaram a se concentrar mais nas companhias com maior necessidade de capital para crescer ou melhorar sua posição de endividamento", explicou Régis Abreu, diretor de gestão da gestora de recursos Mercatto. Desse modo, ações de empresas do setor elétrico foram as líderes de ganhos. As ordinárias da Light lideraram o movimento, com um salto de 9,3 por cento, a 28,19 reais. As ações preferenciais da OI subiram 5,3 por cento, a 39,30 reais. A companhia protocolou na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) um pedido de aprovação para captar 1,61 bilhão em debêntures. Assim, o mercado doméstico passou incólume pela queda das bolsas norte-americanas, que reagiram com pessimismo à notícia de que a Microsoft desistiu da compra do portal Yahoo e a novos temores com a empresa de hipotecas Countrywide. O índice Dow Jones recuou 0,68 por cento. No entanto, o dia também foi de ajustes, movimento que atingiu especialmente os papéis de empresas varejistas, as que mais subiram após o anúncio da S&P. As ações preferenciais da Lojas Americanas, que haviam subido mais de 20 por cento e chegaram a esboçar nova alta nesta segunda-feira, reverteram, para cair 0,36 por cento, a 13,90 reais. (Edição de Vanessa Stelzer)

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