MARIKANA, ÁFRICA DO SUL - Milhares de trabalhadores das minas de platina da cidade de Marikana, na África do Sul, terminaram nesta quarta-feira, 15, greve iniciada no começo da semana.
As paralisações foram motivadas pela morte, a tiros, de um sindicalista mineiro no domingo. Estes dois dias, portanto, ficaram marcados pelo medo de manifestações violentas.
Em agosto do ano passado, 34 mineiros morreram em confronto com a polícia local. Foi o mais grave episódio desde o fim do apartheid, em 1994.
Antes disso, outros 10 grevistas haviam sido assassinados supostamente por seguranças do grupo Lonmim, um dos gigantes da área.
Os líderes do Sindicato Nacional dos Mineiros da África do Sul confirmaram que os grevistas estão retornando aos seus postos.
O setor de mineração na África do Sul tem peso muito importante em suas exportações. A agência de classificação Moody's afirmou nesta quarta, em nota, que novos conflitos podem abalar significativamente a balança comercial do país e, consequentemente, sua confiabilidade para os investidores.
(Com agências internacionais.)