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Termina primeira etapa da reunião de credores da Varig

As discussões, que giram em torno da cisão da companhia aérea em duas, transcorrem tranqüilamente

Por Agencia Estado
Atualização:

Terminou por volta de 13h30 desta sexta-feira a primeira etapa da reunião da Varig com seus principais credores, com o objetivo de detalhar mudanças no plano de recuperação judicial. Com início às 10 horas, o encontro foi retomado às 15 horas, sem previsão para seu término. A principal delas é a divisão da empresa em duas. Na cisão, uma parte - a doméstica - deve ser vendida em leilão. Participam da discussão credores estatais, como Infraero e Banco do Brasil, e privados, como arrendadores de avião, e ainda representantes de trabalhadores, além do Fundo de Pensão Aerus. De forma geral, segundo dois representantes de credores que participaram do encontro, foi informado que a Varig Doméstica deverá nascer com 30 jatos e a frota internacional com 25 aeronaves. Foi informado também que empresas aéreas regulares e não regulares poderão participar dos consórcios que disputarão o leilão. O valor mínimo da parte doméstica seria de US$ 750 milhões, dos quais US$ 100 milhões poderiam ser antecipados por financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES). A informação também é de que caso seja aprovada a proposta na segunda-feira, o BNDES já nos dias seguintes deverá divulgar o detalhamento do empréstimo-ponte. Segundo a presidente do Sindicato de Aeroviários, Selma Balbino, a reunião transcorre de forma "tranqüila", e há expectativas de que "dificilmente o plano deixará de ser aprovado na assembléia". Selma reconhece, contudo, que uma incógnita está na votação da classe 1 de credores e trabalhadores. Há uma divisão entre empregados e um grupo representado pelo movimento Trabalhadores do Grupo Varig (TGV), que defende uma proposta própria. Essa idéia também deverá ser votada na assembléia. Ainda assim, a presidente acredita que o chamado Plano B poderá ser aprovado.

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