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Tesouro dos EUA vai injetar até US$ 250 bi em bancos

Por Gustavo Nicoletta
Atualização:

Autoridades do governo americano anunciaram hoje que vão utilizar até US$ 250 bilhões do pacote de US$ 700 bilhões aprovado recentemente pelo Congresso para adquirir participação em nove grandes instituições financeiras, numa tentativa de dar novo fôlego ao setor bancário e combater a crise de restrição ao crédito. De acordo com o Wall Street Journal, os nove bancos que concordaram em participar do programa de aquisição de capital são Goldman Sachs Group, Morgan Stanley, JP Morgan Chase, Bank of America, Merrill Lynch, Citigroup, Wells Fargo, Bank of New York Mellon e State Street. Os bancos têm até 14 de novembro para decidir se participarão do programa de compra do Tesouro. "O fato do governo possuir uma participação em qualquer companhia privada dos EUA é condenável para a maior parte dos norte-americanos - inclusive para mim", afirmou o secretário do Tesouro do país, Henry Paulson. "Mas a alternativa de deixar as empresas e os consumidores sem acesso a financiamentos é totalmente inaceitável." De acordo com o Tesouro, as instituições financeiras que participarem do programa estarão sujeitas a regras que restringem as compensações oferecidas aos executivos enquanto o governo for proprietário de ações. As regras devem ser divulgadas posteriormente. "Nosso objetivo é que uma série de instituições saudáveis vendam ações preferenciais para o Tesouro, levantando capital, de forma que possam fazer mais empréstimos para as empresas e consumidores em toda a nação", disse Paulson. O Tesouro dos EUA divulgou que continua desenvolvendo um programa de aquisição de ativos atrelados a hipotecas por meio de leilões e que divulgará mais detalhes nas próximas semanas. O órgão também anunciou que está trabalhando em outro programa para auxiliar empresas em dificuldades. Paulson permitiu, em caráter extraordinário, que a Corporação Federal de Seguro de Depósito (FDIC, na sigla em inglês) garanta temporariamente as dívidas privilegiadas - que têm prioridade de pagamento - de todas as instituições cobertas pela FDIC, assim como contas bancárias que não rendem juros. "As ações tomadas hoje são um passo poderoso em direção à restauração da saúde do sistema financeiro mundial", disseram Paulson, o presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Ben Bernanke, e a presidente da FDIC, Sheila Bair, em um comunicado conjunto. As informações são da Dow Jones.

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