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Tesouro faz nova proposta de desconto escalonado para dívida dos Estados

Segundo fontes, o governo federal propôs que os valores tenham uma recomposição diluída por um prazo maior, voltando ao montante original apenas em julho de 2018

Foto do author Eduardo Rodrigues
Por Idiana Tomazelli e Eduardo Rodrigues
Atualização:

BRASÍLIA - O Tesouro Nacional apresentou nesta segunda-feira aos secretários estaduais de Fazenda uma nova proposta de desconto no pagamento das parcelas mensais das dívidas dos Estados com a União. Agora, o governo federal propõe que os valores tenham uma recomposição diluída por um prazo maior, voltando ao montante original apenas em julho de 2018. A medida teria impacto, portanto, nos orçamentos dos próximos dois anos.

De acordo com uma fonte que está presente à reunião, o Tesouro voltou a oferecer um desconto de 100% da parcela da dívida dos Estados em julho deste ano. Mas, ao invés desse desconto diminuir 5 pontos porcentuais a cada mês até chegar a zero em 18 meses, como estava na última proposta do Ministério da Fazenda, a sinalização agora é por um período mais longo de transição até que os Estados voltem a pagar a parcela integral.

Governadores estão em Brasília para discutir crise fiscal Foto: Shih C. Han (MAX)/FotoRepórter/AE

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A fonte detalhou que o Tesouro propôs agora uma redução de 10 p.p. no desconto a cada dois meses até o meio do próximo ano. Desta forma, o abatimento seria de 90% em agosto e setembro, de 80% em outubro e novembro, de 70% em dezembro e janeiro, de 60% em fevereiro e março e de 50% em abril e maio de 2017.

A principal mudança da proposta é incluir a possibilidade de, a partir de junho do próximo ano, o desconto ficar estável em 40% por sete meses, até dezembro de 2017. A partir de janeiro de 2018, a fórmula de redução do desconto voltaria a ser ativada. Ou seja, em janeiro e fevereiro daquele o abatimento cairia para 30%, em março e abril para 20% e em maio e junho chegaria a 10%. A partir de julho de 2018, os Estados voltariam a pagar as parcelas integrais da dívida.

O Broadcast também apurou que essa proposta de desconto escalonado não agradou alguns representantes estaduais. Segundo a fonte que participa da reunião, os governadores vão "bater o pé" no pedido de carência de 24 meses. Isso significaria manter o desconto em 100% até a metade de 2018. O Estado apurou que a ala política do governo defende um alívio maior que o oferecido pelo Ministério da Fazenda: uma moratória de dez meses. 

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