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Tesouro: medidas após CPMF não foram detalhadas

Por ADRIANA FERNANDES E FABIO GRANER
Atualização:

Para os investidores que esperavam do secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, informações mais claras sobre as medidas que o governo irá tomar para compensar a perda de arrecadação com o fim da CPMF, a teleconferência promovida pelo banco BNP Paribas foi um balde de água fria. Augustin admitiu que o governo ainda não tem detalhamento no momento do que será feito para compensar a perda da receita com o fim do tributo. Ele chamou essas medidas de "adequações no Orçamento". O secretário enfatizou que o governo já anunciou, na semana passada, a decisão de manter as metas de superávit primário fixadas na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). "A definição já tomada é que o resultado fiscal será mantido, evidentemente, sendo feitas as adequações orçamentárias para isso", afirmou. Ele não deu mais detalhes sobre o assunto, apesar da insistência de alguns participantes. Augustin também não avançou em considerações sobre a criação do fundo soberano, que o governo pretende instituir. Ele chegou a admitir que a criação do fundo ainda está "em fase inicial de estudo". E justificou a decisão de estudar a criação desse instrumento por se tratar de uma tendência internacional. "Não anunciamos ainda a criação do fundo e a sua modelagem. Estamos ainda em fase inicial de estudo", esclareceu. O secretário do Tesouro afirmou, contudo, que nada muda na política econômica com a criação do fundo. "É um instrumento a mais", disse. Augustin destacou que o fundo terá importância na política de aumento dos investimentos e de adequação ao crescimento econômico do País. Ele acredita que a percepção das agências internacionais de classificação de risco e do mercado financeiro continuará positiva. As explicações do secretário foram dadas devido a demonstração de preocupação por parte dos analistas que participaram da teleconferência com o fato de que o governo não deu detalhes sobre o fundo.

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