02 de dezembro de 2020 | 11h52
BRASÍLIA - O Tesouro Nacional anunciou nesta quarta-feira, 2, uma emissão externa de títulos soberanos brasileiros em dólares. De acordo com o comunicado do órgão, serão feitas reaberturas de papéis com vencimento em cinco anos (Global 2025), 10 anos (Global 2030) e 30 anos (Global 2050).
A captação de recursos no mercado externo acontece em meio à necessidade do governo de se financiar para bancar os custos extras no combate à pandemia do novo coronavírus (o rombo previsto para este ano nas contas públicas é de R$ 844 bilhões) e em um momento de trégua nas tensões financeiras, com anúncios de progresso nas vacinas e a vitória do democrata Joe Biden nas eleições dos Estados Unidos.
“O objetivo da operação é dar continuidade à estratégia do Tesouro Nacional de promover a liquidez da curva de juros soberana em dólar no mercado externo, provendo referência para o setor corporativo, e antecipar financiamento de vencimentos”, informou o Tesouro Nacional.
A operação será liderada pelos bancos Citibank, Santander e ScotiaBank. De acordo com o órgão, os títulos serão emitidos no mercado global e o resultado será divulgado ainda nesta quarta.
A última captação externa havia sido feita pelo Tesouro Nacional no início de julho, quando foram vendidos US$ 3,5 bilhões de títulos da dívida externa, com vencimento de 5 anos e 10 anos.
Na ocasião, o bônus com vencimento em 2025 foi vendido com taxa de retorno de 3% ao ano. O de 10 anos foi emitido com taxa de retorno ao investidor de 4% ao ano.
Em novembro de 2019, o Tesouro havia emitido pela primeira vez o Global 2050, novo papel com vencimento de 30 anos. No ano passado, o órgão fez duas emissões externas, em março e em novembro, captando, respectivamente, US$ 1,5 bilhão e US$ 3 bilhões.
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