Funcionários do Tesouro decidem por dois dias de paralisação e reforçam movimento por reajuste

Categoria ainda votará na semana que vem a possibilidade de greve por tempo indeterminado

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Por Antonio Temóteo
Atualização:
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BRASÍLIA - O Sindicato Nacional dos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle (Unacon Sindical) decidiu em assembleia nesta terça-feira, 29, que os servidores do Tesouro Nacional paralisarão os trabalhos na sexta-feira, 1º de abril, e na próxima terça-feira, 5.

A categoria também deve votar na próxima terça a possibilidade de greve por tempo indeterminado. O presidente da Unacon, Braúlio Santiago, afirmou ao Estadão/Broadcast que os servidores do Tesouro decidiram postergar a divulgação de alguns relatórios.

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“A categoria decidiu atrasar a entrega de alguns relatórios. O primeiro deles será o Relatório Mensal da Dívida Pública, que tinha previsão de ser publicado amanhã [quarta, 30]. Será postergado”, afirmou.

Segundo Santiago, a possibilidade de greve está no radar da categoria, mas ainda há espaço para diálogo. Ele, que também representa os servidores da Controladoria-Geral da União (CGU), afirmou que já se reuniu três vezes com o secretário do Tesouro, Paulo Valle, e com o ministro Wagner Rosário.

Paulo Valle, secretário do Tesouro Nacional; funcionários do órgão decidiram por dois dias de paralisação Foto: Dida Sampaio/Estadão - 29/10/2021

“A sinalização da área técnica do governo é que não há espaçoorçamentário para reajuste para nenhuma categoria. Mas não dá para aceitar que uma carreira descole das outras”, disse.

Segundo Santiago, as perdas inflacionárias desde 2019 chegam a 19,9%, mas as categorias policiais têm a promessa de receber reajustes de até 30%.

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“Nossa luta é para evitar o desalinhamento salarial entre as carreiras do Executivo. Isso seria inédito. A despesa do governo com servidores em percentual do PIB caiu. Com o crescimento das receitas estimadas para o ano, há espaço para o reajuste dos servidores”, disse. 

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