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Tesouro quer alongar prazo da dívida

Por Agencia Estado
Atualização:

A elaboração do plano de financiamento da dívida mobiliária de 2002 manteve como objetivo básico privilegiar a redução do risco de refinanciamento. "A nossa prioridade número um é o alongamento para reduzir o risco de financiamento", afirmou o secretário-adjunto do Tesouro, Rubens Sardenberg. De acordo com os dados divulgados hoje, os técnicos do Tesouro esperam que, ao final de 2002, apenas de 26% a 30% da dívida em títulos do governo federal tenha vencimentos dentro de um período de 12 meses. Com os diversos choques vividos pela economia brasileira no ano passado, o Tesouro abriu mão de uma série de metas estabelecidas no seu primeiro plano de financiamento da dívida mobiliária, para concentrar-se no trabalho de reduzir os vencimentos de curto prazo. Na prática, essa foi a única meta alcançada ao final de 2001. O que o Tesouro busca é evitar situações como as vividas até 1994, quando a dívida mobiliária total era rolada de quatro a cinco vezes num único ano. Além dessa preocupação, os técnicos do Tesouro mantiveram como diretrizes do plano de 2002 outros elementos que também fizeram parte do plano de 2001. O Tesouro buscará aumentar o prazo médio dos títulos que serão emitidos durante este ano, além de buscar uma substituição gradual dos papéis pós-fixados por prefixados. Precavidos, os técnicos do governo ressaltam, no documento divulgado nesta manhã, que as projeções feitas são "apenas" indicativas e "totalmente sensíveis aos pressupostos" adotados na elaboração do plano, não considerando, portanto, "choques" sobre a economia. "Não se verificando algum dos pressupostos adotados, poderão ocorrer correções táticas na estratégia de financiamento, que deverão causar alterações na trajetória e nos resultados projetados para dezembro de 2002", frisam os técnicos no documento e complementam: "Por esta razão, mudanças nos números projetados poderão ser divulgadas no decorrer do ano, caso se julgue necessário."

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