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Teste comprova a falta de nutrientes no leite

Teste do Idec, que verificou 27 marcas de leite UHT, conclui que não há contaminação nos produtos, mas por outro lado, em alguns casos, o volume anunciado no rótulo não corresponde ao que existe no produto.

Por Agencia Estado
Atualização:

Entre junho e agosto deste ano, o Instituto Nacional de Defesa do Consumidor (Idec) testou 27 marcas de leite UHT e descobriu que os produtos, comercializados em cinco cidades do país (São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza e Rio de Janeiro), nem sempre contêm uma concentração de nutrientes ideal e, em alguns casos, o volume anunciado no rótulo não corresponde ao que existe no produto. Em contrapartida, não foi encontrado caso de contaminação e nem de adulteração entre as marcas avaliadas. O teste, realizado pelos laboratórios do Centro de Pesquisa e Processamento de Alimentos da Universidade Federal do Paraná (Ceppa/UFPR), utilizou como parâmetro as determinações da Portaria 370/97 do Ministério da Agricultura e do Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária dos Produtos de Origem Animal (Riispoa). Os critérios de avaliação foram sanidade, rotulagem, volume e composição. Neste último, apareceram os maiores problemas do teste. Dez produtos apresentaram uma concentração de gordura menor do que a exigida pela legislação. São eles: Capil Vida, Barra Mansa, Cotochés, Betânia, Leco, Paulista, Jaguaribe, LAC, Cemil e CCPL. Duas marcas - Malibú e CCPL - não passaram na prova de extrato seco desengordurado, que permite verificar se o leite mantém uma quantidade mínima de nutrientes, além da água e da gordura. Já nove produtos apresentaram um nível de acidez abaixo do obrigatório: Karinho, Lírio, Betânia, Leco, Paulista, Jaguaribe, LAC, Cemil e CCPL. Essas anomalias indicam má qualidade da matéria-prima e foram encontradas, ao todo, em treze marcas que mostraram ter um nível de nutrientes abaixo do ideal. A marca CCLP ficou com a pior classificação no teste, e as marcas Polly, Batavo e Damatta receberam as primeiras classificações. Volume é menor que o anunciado O teste não detectou a presença de microrganismos, ou seja, os produtos não apresentaram contaminações por micróbios. Também constatou-se que o volume das embalagens nem sempre corresponde ao que é anunciado nos rótulos. São os casos das marcas Batavo, Carrefour, Italac, Prudente, Cativa, Frimesa, Líder, Barra Mansa, Karinho, Cotochés, Jaguaribe, Lírio, Parmalat e Cemil. As três últimas apresentaram até vinte mililitros a menos do volume declarado em suas caixas, que era de 1.000 mililitros. O Idec só mediu uma embalagem. Se isso se repetisse em outras, uma caixa com doze unidades de leite Lírio, Parmalat ou Cemil poderia ter até um copo a menos (240 mililitros) do que o total declarado. Por isso, o Instituto solicitou ao Inmetro uma avaliação completa de todas as marcas do mercado a esse respeito.

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